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Comandante iraniano diz que era 'cedo demais' para conversa

Dirigente da Guarda Revolucionária disse que a conversa telefônica entre Hassan Rouhani e Barack Obama aconteceu cedo demais

Barack Obama durante telefonema com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, na Casa Branca, em Washington na última sexta-feira (Pete Souza/Casa Branca/Divulgação via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 18h38.

Dubai - O dirigente da Guarda Revolucionária do Irã , força de elite no país, disse nesta segunda-feira que a conversa telefônica entre o presidente iraniano, Hassan Rouhani, e o norte-americano, Barack Obama , aconteceu cedo demais, mas ele afirmou que acolheu bem seu pronunciamento na Assembleia-Geral das Nações Unidas, na semana passada em Nova York.

Cerca de 100 conservadores linha-dura do regime foram no sábado até o aeroporto de Mehrabad, em Teerã, quando Rouhani retornava do exterior, para demonstrar sua irritação com o telefonema, aos gritos de "Morte à América". Centenas de partidários de Rouhani também estiveram no local para saudá-lo.

As divisões são um indício dos desafios que Rouhani enfrenta para convencer os linha-duras anti-Ocidente, incluindo a Guarda Revolucionária Islâmica, dominada por ideólogos islamistas e considerada uma das instituições mais influentes na estrutura de poder no Irã.

"Em sua viagem, o presidente da República Islâmica do Irã adotou posições poderosas e adequadas, especialmente em seu discurso na Assemblea-Geral da ONU", disse o dirigente da Guarda, Mohammad Ali Jafari, à agência de notícias Tasnim.

"Foi melhor não indicar nenhuma data para um encontro cara-a-cara com Obama e ele (Rouhani) deveria ter recusado uma conversa telefônica até depois de o governo americano mostrar sua sinceridade (em relação ao Irã)." Embora não tenha havido um aperto de mãos entre Rouhani e Obama na sede da ONU, o qual chegou a ser motivo de especulação, os dois mantiveram uma conversa de 15 minutos por telefone na sexta-feira, coroando uma semana de importante atividade diplomática do presidente iraniano.

Até o momento personalidades influentes no Irã elogiaram as atitudes de Rouhani de "interação construtiva" nas Nações Unidas, depois do endosso do homem mais poderoso no Irã, o aiatolá Ali Khamenei no começo do mês.

A população também vem demonstrando apoio a suas tentativas de buscar o diálogo com o mundo e alívio nas sanções que têm prejudicado a economia iraniana.

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Cerca de 100 conservadores linha-dura do regime foram no sábado até o aeroporto de Mehrabad, em Teerã, quando Rouhani retornava do exterior, para demonstrar sua irritação com o telefonema, aos gritos de "Morte à América". Centenas de partidários de Rouhani também estiveram no local para saudá-lo.

As divisões são um indício dos desafios que Rouhani enfrenta para convencer os linha-duras anti-Ocidente, incluindo a Guarda Revolucionária Islâmica, dominada por ideólogos islamistas e considerada uma das instituições mais influentes na estrutura de poder no Irã.

"Em sua viagem, o presidente da República Islâmica do Irã adotou posições poderosas e adequadas, especialmente em seu discurso na Assemblea-Geral da ONU", disse o dirigente da Guarda, Mohammad Ali Jafari, à agência de notícias Tasnim.

"Foi melhor não indicar nenhuma data para um encontro cara-a-cara com Obama e ele (Rouhani) deveria ter recusado uma conversa telefônica até depois de o governo americano mostrar sua sinceridade (em relação ao Irã)." Embora não tenha havido um aperto de mãos entre Rouhani e Obama na sede da ONU, o qual chegou a ser motivo de especulação, os dois mantiveram uma conversa de 15 minutos por telefone na sexta-feira, coroando uma semana de importante atividade diplomática do presidente iraniano.

Até o momento personalidades influentes no Irã elogiaram as atitudes de Rouhani de "interação construtiva" nas Nações Unidas, depois do endosso do homem mais poderoso no Irã, o aiatolá Ali Khamenei no começo do mês.

A população também vem demonstrando apoio a suas tentativas de buscar o diálogo com o mundo e alívio nas sanções que têm prejudicado a economia iraniana.

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