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Com protestos, oposição da Venezuela assume hoje Legislativo

Em vez de um cerimonial calmo, o dia no país é de manifestações contra e a favor do governo nas ruas


	O novo presidente do Congresso, Henry Ramos Allup: ele disse que Maduro deveria avaliar a possibilidade de renunciar
 (REUTERS/Marco Bello)

O novo presidente do Congresso, Henry Ramos Allup: ele disse que Maduro deveria avaliar a possibilidade de renunciar (REUTERS/Marco Bello)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 10h25.

Caracas - A nova Assembleia Nacional da Venezuela toma posse nesta terça-feira, agora dominada por rivais do governo socialista de Nicolás Maduro.

Em vez de um cerimonial calmo, o dia no país é de manifestações contra e a favor do governo nas ruas, troca de acusações de ataques à democracia e de risco de violência.

Pela primeira vez em 17 anos, os rivais da revolução socialista controlarão a Assembleia Nacional.

Os novos congressistas opositores prometem usar seu poder para fazer grandes mudanças, enquanto a situação liderada por Maduro pretende manter a firmeza e impedir qualquer retrocesso na "revolução bolivariana" iniciada por Hugo Chávez.

Na semana passada, o Tribunal Supremo suspendeu a posse de três legisladores da oposição, em resposta a um pedido de partidários dos socialistas, que acusaram a oposição de manipular as eleições legislativas de 6 de dezembro.

A decisão poderia eliminar a maioria de dois terços da oposição, necessária para tomar decisões importantes, como a destituição de altos funcionários ou realizar uma reforma constitucional.

O novo presidente do Congresso, Henry Ramos Allup, reiterou na segunda-feira a promessa de tomar o juramento de todos os legisladores e disse que Maduro deveria avaliar a possibilidade de renunciar para salvar a Venezuela de uma crise política.

Ramos Allup é um político experiente, que começou a carreira antes da era de Chávez.

A Venezuela é muito dependente do petróleo, que está em queda livre nos mercados internacionais. O país sofre com a inflação de três dígitos e a recessão econômica mais profunda do mundo.

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