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Com ocupação de 99%, Reino Unido liberará milhares de detidos para abrir espaço nas prisões

Em 8 de julho, restavam apenas cerca de 700 vagas disponíveis para homens, de um total de 84.000

Brasileira que perseguiu Harry Styles está em prisão britânica

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 15h08.

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O novo governo britânico anunciou nesta sexta-feira a libertação antecipada de milhares de detidos para descongestionar as prisões, ocupadas em 99%.

Apenas uma semana depois de assumir o poder, os trabalhistas foram obrigados a agir diante da situação urgente das prisões, em risco de não ter nenhuma vaga disponível nas próximas semanas. Desde o início de 2023, as prisões britânicas estão cheias em 99%. Em 8 de julho, restavam apenas cerca de 700 vagas disponíveis para homens, de um total de 84.000.

“Nossas prisões estão à beira do colapso”, declarou a nova ministra da Justiça, Shabana Mahmood, ao anunciar o plano de ação emergencial que inclui essa medida.

“Se não agirmos agora, corremos o risco de um colapso do sistema de justiça criminal e de distúrbios da ordem pública”, acrescentou, em declarações feitas na prisão HMP Five Wells, no centro da Inglaterra.

Segundo o inspetor-chefe de prisões, Charlie Taylor, a situação está em “um ponto de inflexão absoluto”. De acordo com o governo, poderá deixar de haver vagas disponíveis nos centros penitenciários “em algumas semanas”.

Entre as medidas anunciadas, os detidos que podem optar por uma libertação antecipada, sob controle policial, depois de terem cumprido metade da pena, poderão beneficiar dessa medida antes, após terem completado 40% da pena.

As pessoas condenadas a mais de 4 anos e as encarceradas por crimes sexuais foram excluídas desse dispositivo.

As novas medidas não entrarão em vigor até setembro. O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, acusou os governos conservadores anteriores por essa situação.

“É uma irresponsabilidade flagrante por parte do governo cessante”, acusou de Washington, onde participou de uma cúpula da OTAN nos últimos dias. “Sabíamos que teríamos um problema, mas sua magnitude é pior do que pensávamos”, acrescentou.

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