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Com Merkel, Obama pede luta contra xenofobia e nacionalismo

O ex-presidente dos EUA também sublinhou que a ajuda humanitária, a resolução de conflitos e a luta contra a mudança climática não são "caridade"

Encontro: Obama reconheceu que a globalização e fenômenos como a crise dos refugiados geraram "medos" que precisam ser combatidos (Fabrizio Bensch/Reuters)
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EFE

Publicado em 25 de maio de 2017 às 10h21.

Berlim - O ex-presidente dos EUA Barack Obama disse nesta quinta-feira que é preciso lutar contra a xenofobia, os nacionalismos, a intolerância e as tendências antidemocráticas junto à chanceler alemã, Angela Merkel , que defendeu de novo sua política de refugiados e elogiou a solidariedade de milhões de alemães.

Além disso, sublinhou que a ajuda humanitária, a resolução de conflitos e a luta contra a mudança climática não são "caridade", senão um "investimento" no conforto nacional, porquê "no nosso mundo não podemos nos isolar".

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Em um ato perante o emblemático Portão de Brandeburgo de Berlim durante o Congresso da Igreja Evangélica alemã, Obama reconheceu que a globalização, a tecnologia, a desigualdade e fenômenos como a crise dos refugiados geraram "medos" que precisam ser combatidos.

A Europa, lembrou, não viveu um período de maior paz e prosperidade do que nas últimas décadas, mas os sistemas devem ser renovados para lutar contra esses medos e é necessário defender os valores comuns frente a tendências contrárias aos direitos humanos, à democracia.

Após lembrar os esforços que realizou durante sua presidência, junto a Merkel, para avançar na paz na Síria, sublinhou a necessidade de reconhecer que "o que ocorre em outros países, na África, na Ásia, na América Latina, tem um impacto em nós" e exigiu ajuda a esses países para lutar pela democracia e prosperidade, algo ao qual se comprometeu.

Merkel fez referência à crise dos refugiados, quando em 2015 chegaram à Alemanha 890 mil solicitantes de asilo, e sublinhou a solidariedade e a empatia mostrada por milhões de alemães naquele momento.

Como Obama, a chanceler reconheceu a impossibilidade de alcançar 100% das metas políticas e as certas derrotas, mas destacou a importância de perseguir os objetivos que são considerados valiosos e lembrou a história da Alemanha dividida e reunificada.

"É preciso olhar para frente", disse a chanceler.

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