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Com Kerry, EUA fazem 1ª visita oficial a Cuba em 70 anos

Secretário de estado vai participar da cerimônia para içar a bandeira norte-americana na embaixada inaugurada em julho em Havana

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry: ele deverá se encontrar com a alta cúpula do governo cubano (Andrew Harnik/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 10h38.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry , visitará Cuba na próxima sexta-feira (14). Será a primeira vez que um alto executivo do governo norte-americano estará na ilha, desde que as relações diplomáticas começaram a ser restabelecidas.

Kerry vai participar da cerimônia para içar a bandeira norte-americana na Embaixada dos Estados Unidos, inaugurada em julho em Havana, e será o primeiro chefe da diplomacia do país a visitar a ilha em 70 anos.

Além da cerimônia, Kerry deverá se encontrar com a alta cúpula do governo cubano. Embora a agenda ainda não tenha sido divulgada, a previsão é que ele se reúna com o chanceler Bruno Rodríguez.

Segundo a Casa Branca, a agenda prevê a continuidade do diálogo de reaproximação. Os temas sensíveis para Cuba são o embargo econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha e a restituição do território onde se encontra a base norte-americana de Guantánamo, no Sul.

Para os norte-americanos, os direitos humanos, a situação dos dissidentes e o tráfico de seres humanos são temas importantes nas conversações.

A imprensa internacional, que acompanha a reaproximação, e analistas entrevistados nos Estados Unidos afirmam que apesar do “recomeço” ainda há muito o que se alcançar para o pleno restabelecimento das relações.

Em entrevistas e declarações, tanto Kerry quanto o presidente Barack Obama adotam um tom cauteloso para falar das relações com Cuba.

Em julho, quando as embaixadas em Washington e Havana foram reabertas, os Estados Unidos disseram que queriam manter “relações de boa vizinhança” com Cuba, disse John Kerry, acrescentando que a normalização seria “longa e complexa”.

Obama, por sua vez, tem dito que não faz sentido manter o isolamento de Cuba e a postura endurecida com relação à ilha que marcaram os últimos anos.

Mas desde que os dois governos tornaram públicas as negociações, em dezembro do ano passado, ele afirmou que o caminho seria difícil e que envolveria outros aspectos.

Um dos pontos que dependem de fatores que fogem ao desejo da administração Obama, é o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba.

O embargo foi decretado em fevereiro de 1962 e ampliado pela Lei Helms-Burton, de 1996. De acordo com o governo cubano, os prejuízos da ilha são superiores a US$ 100 bilhões.

Somente o Congresso norte-americano pode votar uma reforma na lei vigente. Para ser aprovada uma mudança, o governo precisa convencer os republicanos, que hoje são maioria na Câmara e no Senado, a menos de um ano das eleições presidenciais.

As relações entre Cuba e os Estados Unidos estavam suspensas desde 1961 e a manutenção do isolamento era um dos resquícios do período da Guerra Fria, entre os norte-americanos e a extinta União Soviética.

Desde dezembro, os governos deram passos importantes. O governo norte-americano retirou Cuba da lista de países que, para os Estados Unidos, contribuem com o terrorismo. Os cubanos também apresentaram relatórios e mostraram que estão em processo de abertura e que querem garantir “maior espaço” para a oposição.

Analistas entrevistados pela imprensa norte-americana dizem que uma das hipóteses citadas pelos especialistas é um eventual encontro entre Kerry e dissidentes cubanos, mas caso isso aconteça, a agenda deveria ocorrer de maneira reservada.

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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry , visitará Cuba na próxima sexta-feira (14). Será a primeira vez que um alto executivo do governo norte-americano estará na ilha, desde que as relações diplomáticas começaram a ser restabelecidas.

Kerry vai participar da cerimônia para içar a bandeira norte-americana na Embaixada dos Estados Unidos, inaugurada em julho em Havana, e será o primeiro chefe da diplomacia do país a visitar a ilha em 70 anos.

Além da cerimônia, Kerry deverá se encontrar com a alta cúpula do governo cubano. Embora a agenda ainda não tenha sido divulgada, a previsão é que ele se reúna com o chanceler Bruno Rodríguez.

Segundo a Casa Branca, a agenda prevê a continuidade do diálogo de reaproximação. Os temas sensíveis para Cuba são o embargo econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha e a restituição do território onde se encontra a base norte-americana de Guantánamo, no Sul.

Para os norte-americanos, os direitos humanos, a situação dos dissidentes e o tráfico de seres humanos são temas importantes nas conversações.

A imprensa internacional, que acompanha a reaproximação, e analistas entrevistados nos Estados Unidos afirmam que apesar do “recomeço” ainda há muito o que se alcançar para o pleno restabelecimento das relações.

Em entrevistas e declarações, tanto Kerry quanto o presidente Barack Obama adotam um tom cauteloso para falar das relações com Cuba.

Em julho, quando as embaixadas em Washington e Havana foram reabertas, os Estados Unidos disseram que queriam manter “relações de boa vizinhança” com Cuba, disse John Kerry, acrescentando que a normalização seria “longa e complexa”.

Obama, por sua vez, tem dito que não faz sentido manter o isolamento de Cuba e a postura endurecida com relação à ilha que marcaram os últimos anos.

Mas desde que os dois governos tornaram públicas as negociações, em dezembro do ano passado, ele afirmou que o caminho seria difícil e que envolveria outros aspectos.

Um dos pontos que dependem de fatores que fogem ao desejo da administração Obama, é o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba.

O embargo foi decretado em fevereiro de 1962 e ampliado pela Lei Helms-Burton, de 1996. De acordo com o governo cubano, os prejuízos da ilha são superiores a US$ 100 bilhões.

Somente o Congresso norte-americano pode votar uma reforma na lei vigente. Para ser aprovada uma mudança, o governo precisa convencer os republicanos, que hoje são maioria na Câmara e no Senado, a menos de um ano das eleições presidenciais.

As relações entre Cuba e os Estados Unidos estavam suspensas desde 1961 e a manutenção do isolamento era um dos resquícios do período da Guerra Fria, entre os norte-americanos e a extinta União Soviética.

Desde dezembro, os governos deram passos importantes. O governo norte-americano retirou Cuba da lista de países que, para os Estados Unidos, contribuem com o terrorismo. Os cubanos também apresentaram relatórios e mostraram que estão em processo de abertura e que querem garantir “maior espaço” para a oposição.

Analistas entrevistados pela imprensa norte-americana dizem que uma das hipóteses citadas pelos especialistas é um eventual encontro entre Kerry e dissidentes cubanos, mas caso isso aconteça, a agenda deveria ocorrer de maneira reservada.

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