Com 51 vítimas nas últimas 24h, total de mortos em Gaza vai a 43.604
Pasta de Saúde do enclave palestino estima que cerca de 10 mil corpos ainda estejam presos nos escombros ou em estradas sem acesso
Agência de Notícias
Publicado em 10 de novembro de 2024 às 13h45.
O Exército de Israel matou pelo menos 51 palestinos e feriu mais de 160 nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, aumentando para 43.604 o total de vítimas mortais e para 102.929 o número de feridos em 13 meses de guerra.
“A ocupação israelense cometeu três massacres contra famílias na Faixa de Gaza, deixando 51 mártires e 164 feridos durante as últimas 24 horas”, detalhou neste domingo um comunicado do Ministério da Saúde de Gaza.
Além disso, a pasta de Saúde do enclave palestino estima que cerca de 10 mil corpos ainda estejam presos nos escombros ou em estradas sem que as equipes de resgate da Defesa Civil possam resgatá-los.
O gabinete de imprensa do governo do Hamas publicou uma atualização dos números, destacando que 70% das vítimas identificadas desta guerra são crianças e mulheres, o que equivale a 29.276 pessoas.
Além disso, informou que 3.500 crianças correm risco de desnutrição e que pelo menos 38 pessoas morreram em consequência da fome enfrentada pela população de Gaza, em parte, devido ao bloqueio da ajuda humanitária por parte de Israel.
Neste domingo, pelo menos 36 palestinos, incluindo 13 crianças, morreram em Jabalia, no norte do enclave, depois que caças israelenses bombardearam um imóvel residencial onde também se refugiavam pessoas deslocadas.
O Exército israelense afirmou neste domingo que sua operação continua em Jabalia, que está submetida a um cerco militar, bombardeios e pouca entrada de ajuda humanitária desde o início de outubro, e assegurou ter matado dezenas de milicianos e desmantelado infraestruturas do Hamas durante o último mês.
Desde 6 de outubro, pelo menos 1.800 pessoas morreram no norte da Faixa, que inclui Jabalia e seu campo de refugiados, Beit Lahia e Bei Hanoun, segundo o último balanço oficial publicado pelas autoridades palestinas na terça-feira passada.
Há quase 20 dias, o Corpo de Defesa Civil está inabilitado “à força” no sitiado norte do enclave, onde denunciou que em 23 de outubro o Exército israelense confiscou seus veículos, atacou seu pessoal e deteve nove pessoas, deslocando o restante para o sul da Faixa, o que impede qualquer operação de resgate.