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Colombianos abandonam coca e passam a exportar cacau

Os camponeses fazem parte de um programa da ONU que atua na prevenção do cultivo ilícito da planta de coca oferecendo alternativas de plantio

Cacau: ao todo, serão exportadas 10 toneladas do produto ao mercado europeu (AFP/ Franck & Christine Dziubak)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 10h29.

Bogotá - Pequenos agricultores colombianos, que antes cultivavam a planta de coca para sobreviver, começam nesta quinta-feira (21) a exportar cacau . Ao todo, serão exportadas 10 toneladas do produto ao mercado europeu. Os camponeses fazem parte do Programa de Desenvolvimento Alternativo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc).

O programa atua em comunidades da Colômbia na prevenção do cultivo ilícito da planta de coca, oferecendo alternativas de plantio de cultivos lícitos, como o cacau e o café orgânico.

É a primeira vez que os produtores exportam esse volume à Europa. Trezentos e sessenta camponeses, de três associações do departamento de Chocó, no Noroeste do país, fazem parte do projeto de cultivos alternativos da Unodc.

Segundo a Unidade Administrativa de Consolidação Territorial da Colômbia, a exportação de cacau é emblemática porque é a prova de que o programa de cultivo alternativo é viável. “Isso representa um avanço significativo na luta contra os cultivos ilícitos”, disse o diretor da unidade, Germán Chamorro.

A exportação foi possível graças ao convênio entre a Zotter, empresa austríaca de chocolate, e o governo colombiano. Com a primeira venda ao exterior, a expectativa é que, a curto e médio prazo, mais iniciativas se consolidem, por meio de convênios entre governos, empresas e organismos internacionais.

A empresa austríaca interessou-se pelo cacau orgânico colombiano e o governo viabilizou a certificação do produto. Os pequenos agricultores conseguiram a Certificação Orgânica Internacional e a Certificação Comércio Justo, duas das mais importantes no mundo.

O representante da Unodc na Colômbia, BO Mathiasen, também destacou a importância da iniciativa. “São essas parcerias que possibilitam a geração de recursos sustentáveis e legais para melhorar as condições de vida de famílias que decidiram deixar de lado a economia ilegal dos cultivos ilícitos de coca”, acrescentou.

O departamento de Chocó é um dos mais pobres da Colômbia, com forte presença de narcotraficantes e grupos armados ilegais que produzem e comercializam a cocaína. Vários camponeses da região plantam coca por pressão desses grupos ou por falta de opção de plantio de outras culturas.

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Bogotá - Pequenos agricultores colombianos, que antes cultivavam a planta de coca para sobreviver, começam nesta quinta-feira (21) a exportar cacau . Ao todo, serão exportadas 10 toneladas do produto ao mercado europeu. Os camponeses fazem parte do Programa de Desenvolvimento Alternativo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc).

O programa atua em comunidades da Colômbia na prevenção do cultivo ilícito da planta de coca, oferecendo alternativas de plantio de cultivos lícitos, como o cacau e o café orgânico.

É a primeira vez que os produtores exportam esse volume à Europa. Trezentos e sessenta camponeses, de três associações do departamento de Chocó, no Noroeste do país, fazem parte do projeto de cultivos alternativos da Unodc.

Segundo a Unidade Administrativa de Consolidação Territorial da Colômbia, a exportação de cacau é emblemática porque é a prova de que o programa de cultivo alternativo é viável. “Isso representa um avanço significativo na luta contra os cultivos ilícitos”, disse o diretor da unidade, Germán Chamorro.

A exportação foi possível graças ao convênio entre a Zotter, empresa austríaca de chocolate, e o governo colombiano. Com a primeira venda ao exterior, a expectativa é que, a curto e médio prazo, mais iniciativas se consolidem, por meio de convênios entre governos, empresas e organismos internacionais.

A empresa austríaca interessou-se pelo cacau orgânico colombiano e o governo viabilizou a certificação do produto. Os pequenos agricultores conseguiram a Certificação Orgânica Internacional e a Certificação Comércio Justo, duas das mais importantes no mundo.

O representante da Unodc na Colômbia, BO Mathiasen, também destacou a importância da iniciativa. “São essas parcerias que possibilitam a geração de recursos sustentáveis e legais para melhorar as condições de vida de famílias que decidiram deixar de lado a economia ilegal dos cultivos ilícitos de coca”, acrescentou.

O departamento de Chocó é um dos mais pobres da Colômbia, com forte presença de narcotraficantes e grupos armados ilegais que produzem e comercializam a cocaína. Vários camponeses da região plantam coca por pressão desses grupos ou por falta de opção de plantio de outras culturas.

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