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Colômbia recupera 130 mil hectares de terras das Farc

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, liderou um ato de recuperação e entrega de terras em San Vicente del Caguán

Soldados colombianos durante operação contra as Farc: inteligência militar identificou estas terras a partir da informação encontrada nos computadores confiscados (Luis Robayo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 21h52.

Bogotá - O governo colombiano recuperou nesta quarta-feira um total de 130.000 hectares de terras que supostamente foram usurpadas pelo ex-líder militar das Farc (Forças Armadas Revolucionária da Colômbia) conhecido como "Mono Jojoy", enquanto a guerrilha nega que tenha praticado o roubo e acusa o Executivo de mentir.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, liderou um ato de recuperação e entrega de terras em San Vicente del Caguán, município que serviu de sede para os frustrados diálogos de paz do governo do ex-presidente Andrés Pastrana, justamente quando se completaram 11 anos de seu fracasso.

"Hoje, onze anos depois, em lugar de estarmos sendo despojados pelas Farc, estamos despojando as Farc" de propriedades adquiridas de forma ilegal e "estamos entregando aos camponeses a terra que lhes pertence", discursou Santos.

O presidente acusou Víctor Julio Suárez Rojas, mais conhecido como "Mono Jojoy", de ser "um dos grandes fazendeiros" da Colômbia que fizeram seu patrimônio à custa do Estado.

Santos anunciou durante o ato que a área recuperada passará a fazer parte de um "banco de terras" que será destinado aos trabalhadores rurais.


Entre estas terras se encontra o sítio "Tranquilandia", que aparentemente servia de residência de "Mono Jojoy" e de base militar para o Bloco Oriental das Farc.

Santos disse que autoridades estão investigando se as propriedades de "Mono Jojoy" e das Farc no sul do país chegaram a meio milhão de hectares.

O Instituto Colombiano de Desenvolvimento Rural (Incoder) explicou por meio de um comunicado que prevê examinar 500 mil hectares da região em 2014 em Serrania de La Macarena, Meta e no Parque Nacional Tinigua.

A inteligência militar identificou estas terras a partir da informação encontrada nos computadores confiscados de "Mono Jojoy" após sua morte em um bombardeio em 2010, e que foi posteriormente confirmado por guerrilheiros desmobilizados e capturados.

"Este é o início de uma série de ações interinstitucionais para a perseguição das finanças das Farc, para acabar seus negócios e fluxos ilegais de capitais, para a estabilização do ordenamento territorial, e para a posterior titulação destas terras aos camponeses que as merecem", disse o ministro colombiano de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Juan Camilo Restrepo.

Por sua parte, as Farc rejeitaram que tenham ocupado ilegalmente as terras, embora proprietários privados reivindiquem no Ministério da Agricultura 807.000 hectares que estão em poder da guerrilha.

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Bogotá - O governo colombiano recuperou nesta quarta-feira um total de 130.000 hectares de terras que supostamente foram usurpadas pelo ex-líder militar das Farc (Forças Armadas Revolucionária da Colômbia) conhecido como "Mono Jojoy", enquanto a guerrilha nega que tenha praticado o roubo e acusa o Executivo de mentir.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, liderou um ato de recuperação e entrega de terras em San Vicente del Caguán, município que serviu de sede para os frustrados diálogos de paz do governo do ex-presidente Andrés Pastrana, justamente quando se completaram 11 anos de seu fracasso.

"Hoje, onze anos depois, em lugar de estarmos sendo despojados pelas Farc, estamos despojando as Farc" de propriedades adquiridas de forma ilegal e "estamos entregando aos camponeses a terra que lhes pertence", discursou Santos.

O presidente acusou Víctor Julio Suárez Rojas, mais conhecido como "Mono Jojoy", de ser "um dos grandes fazendeiros" da Colômbia que fizeram seu patrimônio à custa do Estado.

Santos anunciou durante o ato que a área recuperada passará a fazer parte de um "banco de terras" que será destinado aos trabalhadores rurais.


Entre estas terras se encontra o sítio "Tranquilandia", que aparentemente servia de residência de "Mono Jojoy" e de base militar para o Bloco Oriental das Farc.

Santos disse que autoridades estão investigando se as propriedades de "Mono Jojoy" e das Farc no sul do país chegaram a meio milhão de hectares.

O Instituto Colombiano de Desenvolvimento Rural (Incoder) explicou por meio de um comunicado que prevê examinar 500 mil hectares da região em 2014 em Serrania de La Macarena, Meta e no Parque Nacional Tinigua.

A inteligência militar identificou estas terras a partir da informação encontrada nos computadores confiscados de "Mono Jojoy" após sua morte em um bombardeio em 2010, e que foi posteriormente confirmado por guerrilheiros desmobilizados e capturados.

"Este é o início de uma série de ações interinstitucionais para a perseguição das finanças das Farc, para acabar seus negócios e fluxos ilegais de capitais, para a estabilização do ordenamento territorial, e para a posterior titulação destas terras aos camponeses que as merecem", disse o ministro colombiano de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Juan Camilo Restrepo.

Por sua parte, as Farc rejeitaram que tenham ocupado ilegalmente as terras, embora proprietários privados reivindiquem no Ministério da Agricultura 807.000 hectares que estão em poder da guerrilha.

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