Mundo

Colômbia propõe descriminalizar ecstasy

"Devemos aceitar que a Colômbia é um país consumidor, esta também é nossa realidade", disse a ministra da Justiça, Ruth Stella Correa


	Comprimidos de ecstasy: Colômbia pode descriminalizar essa e outras drogas sintéticas
 (U.S. Customs/Newsmakers (via Getty Images))

Comprimidos de ecstasy: Colômbia pode descriminalizar essa e outras drogas sintéticas (U.S. Customs/Newsmakers (via Getty Images))

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 14h43.

Bogotá - O governo colombiano apresentará perante o Congresso um projeto de lei para descriminalizar a posse de uma dose mínima de drogas sintéticas, anunciou nesta quarta-feira a ministra da Justiça, Ruth Stella Correa.

"Devemos aceitar que a Colômbia é um país consumidor, esta também é nossa realidade, e que não podemos colocar na prisão os consumidores, mas devemos atendê-los", disse a ministra à rádio local Blu.

A proposta "busca homologar a quantidade de drogas já permitida, com uma quantidade equivalente em drogas sintéticas", explicou.

Esta iniciativa, que envolveria drogas como o êxtase, será entregue em março ao Parlamento no âmbito de um novo estatuto antidrogas nacional preparado pelo ministério da Justiça.

Na Colômbia, o principal produtor de cocaína do mundo, a posse de doses pessoais de maconha (20 gramas) e de cocaína (um grama) foi descriminalizada em 1994.

Em julho de 2012, uma lei estabeleceu que o vício em drogas deve ser considerado um problema de saúde pública, e os consumidores tratados como pacientes, e não como delinquentes.

"Não podemos continuar colocando o consumidor na prisão, temos que atendê-lo, ressocializá-lo e dar a eles as oportunidades correspondentes", afirmou Correa, que antecipou que também será proposta a criação de centros de reabilitação e desintoxicação regulados pelo Estado.

A ministra esclareceu que as políticas proibitivas e carcerárias continuarão operando contra os produtores, traficantes e distribuidores de entorpecentes.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaDrogas

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia