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Colômbia investiga ex-candidato à presidência em caso Odebrecht

Óscar Iván Zuluaga é suspeito de ter recebido doações ilegais da Odebrecht durante sua campanha de 2014

Óscar Iván Zuluaga: a lei eleitoral colombiana proíbe que candidatos recebam doações de empresas estrangeiras (Joe Raedle/Getty Images)

Óscar Iván Zuluaga: a lei eleitoral colombiana proíbe que candidatos recebam doações de empresas estrangeiras (Joe Raedle/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de julho de 2017 às 11h47.

A autoridade eleitoral da Colômbia abriu nesta segunda-feira uma investigação formal sobre o ex-candidato à presidência Óscar Iván Zuluaga, suspeito de ter recebido doações ilegais da Odebrecht durante a campanha de 2014.

"No dia de hoje, o plenário do CNE adotou a determinação de ordenar a abertura de uma investigaçãoadministrativa contra o gerente, candidato, auditor e grupo significativo de cidadãos da campanha presidencial do senhor Óscar Iván Zuluaga para o período 2014-2018", informou o Conselho Nacional Eleitoral.

A campanha de Zuluaga, que concorreu com o presidente Juan Manuel Santos como candidato do Centro Democrático, do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), é apontada como beneficiária de doações ilegais da Odebrecht.

Segundo a imprensa brasileira, parte do contrato firmado entre Zuluaga e o marqueteiro Duda Mendonça para a campanha de 2014 foi pago pela Odebrecht.

"Foram realizadas mais de 110 atuações administrativas, durante cinco meses, dentre as quais se destaca o material probatório obtido pela Procuradoria-Geral da Nação, que revelou a existência de indícios sérios contra a mencionada campanha", destaca o CNE.

Zuluaga, que suspendeu sua pré-candidatura às eleições de 2018 até a apuração do caso, nega as denúncias.

A lei eleitoral colombiana proíbe que candidatos recebam doações de empresas estrangeiras.

Em um documento enviado na quarta-feira passada ao CNE, a Procuradoria garantiu que recursos da Odebrecht irrigaram as campanhas de Zuluaga e de Juan Manuel Santos.

Para o atual presidente a Odebrecht teria entregue ao menos um milhão de dólares para pesquisas de opinião. Zuluaga teria recebido 1,6 milhão de dólares através de uma empresa do Panamá.

Segundo a Procuradoria, a Odebrecht pagou mais de 11 milhões de dólares em subornos na Colômbia entre 2009 e 2014 para obter contratos de obras públicas.

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