Acordo: as partes também fecharam acordo sobre aspectos fundamentais para o fim do conflito como a deposição das armas por parte da guerrilha (Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2016 às 12h40.
Havana - O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a um acordo para um cessar-fogo bilateral e definitivo, cujos detalhes serão revelados nesta quinta-feira em Havana, em Cuba, em um ato que terá a presença do presidente Juan Manuel Santos, de líderes dos países mediadores e de um grande grupo de personalidades internacionais.
"As delegações do Governo Nacional e das Farc-EP" informam à opinião pública que chegaram "com sucesso ao acordo para o cessar-fogo e de hostilidades bilateral e definitivo", afirmaram os negociadores colombianos em comunicado conjunto divulgado nesta quarta-feira na capital cubana.
As partes também fecharam acordo sobre aspectos fundamentais para o fim do conflito como a deposição das armas por parte da guerrilha, as garantias de segurança, a luta contra o paramilitarismo e a repressão a "condutas criminosas que ameacem à implementação dos acordos e à construção da paz".
O conteúdo do pacto será divulgado amanhã em Havana em um evento de alto nível liderado por Santos, pelo líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri (conhecido como "Timochenko"), além do presidente de Cuba, Raúl Castro, e do chanceler da Noruega, Borge Brende, os dois países garantidores do processo de paz colombiano.
Em representação das nações acompanhantes do processo, Chile e Venezuela, viajarão a Havana seus presidentes, Michelle Bachelet e Nicolás Maduro, respectivamente.
À cerimônia, que acontecerá no salão de protocolo do complexo de El Laguito, em Havana, terá como convidado especial o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que será acompanhado pelos presidentes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Também estarão presentes os presidentes da República Dominicana, Danilo Medina, em qualidade de responsável 'pró témpore' da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, assim como os enviados especiais de Estados Unidos e União Europeia (UE) no processo de paz, Bernie Aronson e o irlandês Eamon Gilmore, respectivamente.