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Coalizão internacional na Síria mata dirigente do Estado Islâmico

Abu al Umarayn era acusado de envolvimento no assassinato de Peter Kassig, sequestrado na Síria e decapitado em novembro de 2014.

Estado Islâmico: A coalizão internacional iniciou as operações na Síria e no Iraque a partir de 2014 para conter a expansão do EI (AFP/AFP)

Estado Islâmico: A coalizão internacional iniciou as operações na Síria e no Iraque a partir de 2014 para conter a expansão do EI (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 14h57.

A coalizão internacional antijihadista na Síria, liderada pelos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira que matou um líder do grupo Estado Islâmico (EI) envolvido na execução do trabalhador humanitário americano Peter Kassig e de outros prisioneiros ocidentais do EI.

Abu al Umarayn, um dos alvos dos bombardeios da coalizão contra jihadistas no deserto da Síria, era acusado de envolvimento no assassinato de Peter Kassig, sequestrado na Síria e executado por decapitação em novembro de 2014.

O alto dirigente do grupo extremista "morreu e vamos divulgar mais informações após uma avaliação completa", afirmou em um comunicado Sean Ryan, porta-voz da coalizão. Abu al Umarayn "havia apresentado indicações que constituíam uma iminente ameaça para as forças da coalizão (...) e havia participado no assassinato de Peter Kassig", acrescentou.

O extremista também estava "associado ou diretamente envolvido na execução de outros prisioneiros", acrescentou Ryan.

No momento da execução, o EI divulgou um vídeo que mostrava a cabeça cortada de Kassig, mas não publicou a sequência filmada da decapitação, ao contrário do que aconteceu com outros reféns.

No domingo, a agência oficial síria Sana acusou a coalizão internacional de abrir fogo contra posições do exército de Damasco em áreas isoladas da região leste do país.

De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), as forças da coalizão situadas na região de Al Tanaf lançaram mais de 14 mísseis contra um comboio das forças do regime em sua passagem pelo deserto, no extremo leste da província de Homs.

O porta-voz da coalizão negou, no entanto, qualquer ataque contra o exército sírio. "É falso. As forças da coalizão executaram disparos de precisão contra o EI", disse.

O voluntário Peter Kassig fundou em 2012 uma organização que ensinou 150 civis a prestar auxílio médico aos moradores. A ONG de Kassig forneceu alimentos, utensílios de cozinha e remédios aos mais necessitados. A execução do americano foi parte de uma série macabra de decapitações de reféns ocidentais que o EI filmou para espalhar o terror, quando tentava expandir seu território.

Nos dias anteriores à decapitação de Kassig, ao menos quatro reféns ocidentais foram executados pelo EI: Alan Henning e David Haines, trabalhadores humanitários, e os jornalistas americanos Steven Sotloff e James Foley.

Suspeito de comandar a célula responsável por estes assassinatos, Mohammed Emwazi, um jihadista britânico conhecido como "Jihadi John", teria sido morto em novembro de 2015 em um bombardeio em Raqa (Síria).

A coalizão internacional iniciou as operações na Síria e no Iraque a partir de 2014 para conter a expansão do EI, que havia assumido o controle de grandes faixas de território entre os dois países. O EI foi derrotado no Iraque, mas conserva alguns pequenos territórios e células adormecidas no deserto da Síria.

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