Mundo

Coalizão contra Estado Islâmico deve durar anos, diz Kerry

O secretário americano de Estado está formando uma coalizão internacional contra o avanço dos jihadistas, que já tem a participação confirmada de 40 países


	John Kerry: na coalizão formada pelo secretário, alguns países aportarão assistência militar, direta ou em treinamento, outros ajudarão armando, equipando e assessorando
 (Lucas Jackson/Reuters)

John Kerry: na coalizão formada pelo secretário, alguns países aportarão assistência militar, direta ou em treinamento, outros ajudarão armando, equipando e assessorando (Lucas Jackson/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 08h17.

O secretário americano de Estado, John Kerry, disse nesta segunda-feira que a coalizão contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está destinada a durar "meses e até anos".

Kerry celebrou o início de uma nova era no Iraque com a formação de um novo governo de unidade proposto pelo primeiro-ministro, Haidar al Abadi.

O secretário de Estado viajará nesta terça-feira à Jordânia e à Arábia Saudita como parte de um giro destinado a consolidar a coalizão internacional contra o EI.

Ao menos 40 países já confirmaram sua participação em diferentes formas nesta coalizão, assinalou a porta-voz do departamento de Estado Jennifer Psaki.

"Quase todos os países têm um papel a desempenhar para acabar com a ameaça do EI e o mal que representa (...). Alguns países aportarão assistência militar, direta ou em treinamento, armando, equipando e assessorando".

Outros contribuirão com ajuda humanitária para os civis na mira do EI, ajudando a obstruir seu financiamento, detendo o fluxo de combatentes estrangeiros para Iraque e Síria e contra-atacando a propaganda do EI.

Entre os países que já declararam seu apoio à coalizão estão Austrália, Canadá, Grã-Bretanha, França e Emirados Árabes Unidos.

Segundo funcionários americanos, nações como Albânia, Estônia, Dinamarca, Finlândia e Japão prometeram ajuda financeira para assistência humanitária a refugiados civis.

Kerry advertiu que a luta contra o EI poderá ser demorada e terminar apenas na próxima administração da Casa Branca, a partir de 2017.

Em sua visita à capital jordaniana, Amã, e a Jidá, na Arábia Saudita, Kerry discutirá com seus colegas das Relações Exteriores "a situação em andamento no Iraque", revelou Jennifer Psaki.

"O objetivo da coalizão é coordenar as ações diante da ameaça que o EI representa", explicou a porta-voz, acrescentando que Kerry também pretende discutir "como apoiar ainda mais a segurança e a estabilidade no governo iraquiano".

Psaki lembrou que o presidente Barack Obama declarou que os Estados Unidos e seus aliados tentarão "enfraquecer" e "derrotar" o EI.

As negociações no Iraque para compor um novo governo seguem nesta segunda-feira, dois dias antes de o governo Obama apresentar sua "estratégia de ação" para lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)ExércitoIslamismoJohn KerryPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Convenção Republicana: da Ilha da Fantasia direto para a Casa Branca

Delta e American Airlines retomam voos após apagão online global

OMS confirma detecção do vírus da poliomielite no sul e no centro de Gaza

Europa está em alerta vermelho por intensa onda de calor com incêndios e invasões de gafanhotos

Mais na Exame