Coalizão árabe investiga bombardeio a hospital no Iêmen
A MSF informou na véspera que a coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeou um hospital em uma província sob controle rebelde no norte do Iêmen
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2016 às 10h40.
A coalizão militar árabe, que participa do conflito no Iêmen em apoio a seu presidente, anunciou a abertura de uma investigação depois que a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) informou sobre a morte de 11 pessoas em um bombardeio contra um hospital.
A MSF informou na véspera que a coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeou um hospital em uma província sob controle rebelde no norte do Iêmen, deixando ao menos 11 mortos e 20 feridos, 48 horas após ataques aéreos que mataram 10 crianças iemenitas.
A ONG, que possui uma equipe nesse centro de atendimento, confirmou no Twitter "que o hospital de Abs (na província de Hajja) foi atingido por bombardeios aéreos hoje às 15h45 locais (09h45 de Brasília)".
Os Estados Unidos, aliados da Arábia Saudita, e a Anistia Internacional condenaram o ataque.
Estes bombardeios aconteceram menos de 48 horas depois que a MSF acusou a coalizão de matar 10 crianças ao bombardear uma escola corânica em Saada, outra província rebelde do norte iemenita.
A coalizão negou ter atacado a escola e disse que se tratava de um campo de treinamento de rebeldes, onde havia soldados menores de idade. Ainda assim, afirmou que investigará o incidente.
A coalizão árabe iniciou sua campanha contra os rebeldes huthis apoiados pelo Irã e seus aliados em 26 de março de 2015.
Estes ataques se intensificaram desde agosto, após o fracasso das negociações de paz, supervisionadas pelas Nações Unidas, que foram celebradas durante três meses no Kuwait.
A MSF denunciou ainda que se trata do quarto ataque em menos de um ano contra um centro de sua organização no Iêmen.
"Mais uma vez, um hospital totalmente operacional e cheio de pacientes e pessoal nacional e internacional da MSF foi bombardeado em uma guerra, que não mostra qualquer respeito pelas estruturas médicas e os doentes", declarou Teresa Sancristoval, diretora da ONG para as operações de emergência no Iêmen.
A organização enfatizou também ter informado em várias ocasiões a localização do hospital às partes em conflito, inclusive à coalizão liderada pela Arábia Saudita.
Os Estados Unidos, aliado-chave da Arábia Saudita, expressaram sua preocupação quanto a estas informação.
"Estamos profundamente preocupados com as informações sobre um ataque contra um hospital no norte do Iêmen. Os ataques contra instalações humanitárias, principalmente hospitais, são particularmente preocupantes", declarou a porta-voz do departamento de Estado, Elizabeth Trudeau.
A cidade de Abs está localizada nos limites da cidade de Harad, perto da fronteira com a Arábia Saudita. É a partir de Abs que os rebeldes iemenitas lançam com certa frequência ataques contra regiões sauditas perto da fronteira, causando vítimas.
Frequentemente bombardeada pela coalizão, Harad é também o palco de violentos combates entre as forças governamentais apoiadas pelas tropas da coalizão e os rebeldes xiitas huthis.
A guerra no país já deixou mais de 6.400 mortos e 30.000 feridos, incluindo muitos civis.
A coalizão militar árabe, que participa do conflito no Iêmen em apoio a seu presidente, anunciou a abertura de uma investigação depois que a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) informou sobre a morte de 11 pessoas em um bombardeio contra um hospital.
A MSF informou na véspera que a coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeou um hospital em uma província sob controle rebelde no norte do Iêmen, deixando ao menos 11 mortos e 20 feridos, 48 horas após ataques aéreos que mataram 10 crianças iemenitas.
A ONG, que possui uma equipe nesse centro de atendimento, confirmou no Twitter "que o hospital de Abs (na província de Hajja) foi atingido por bombardeios aéreos hoje às 15h45 locais (09h45 de Brasília)".
Os Estados Unidos, aliados da Arábia Saudita, e a Anistia Internacional condenaram o ataque.
Estes bombardeios aconteceram menos de 48 horas depois que a MSF acusou a coalizão de matar 10 crianças ao bombardear uma escola corânica em Saada, outra província rebelde do norte iemenita.
A coalizão negou ter atacado a escola e disse que se tratava de um campo de treinamento de rebeldes, onde havia soldados menores de idade. Ainda assim, afirmou que investigará o incidente.
A coalizão árabe iniciou sua campanha contra os rebeldes huthis apoiados pelo Irã e seus aliados em 26 de março de 2015.
Estes ataques se intensificaram desde agosto, após o fracasso das negociações de paz, supervisionadas pelas Nações Unidas, que foram celebradas durante três meses no Kuwait.
A MSF denunciou ainda que se trata do quarto ataque em menos de um ano contra um centro de sua organização no Iêmen.
"Mais uma vez, um hospital totalmente operacional e cheio de pacientes e pessoal nacional e internacional da MSF foi bombardeado em uma guerra, que não mostra qualquer respeito pelas estruturas médicas e os doentes", declarou Teresa Sancristoval, diretora da ONG para as operações de emergência no Iêmen.
A organização enfatizou também ter informado em várias ocasiões a localização do hospital às partes em conflito, inclusive à coalizão liderada pela Arábia Saudita.
Os Estados Unidos, aliado-chave da Arábia Saudita, expressaram sua preocupação quanto a estas informação.
"Estamos profundamente preocupados com as informações sobre um ataque contra um hospital no norte do Iêmen. Os ataques contra instalações humanitárias, principalmente hospitais, são particularmente preocupantes", declarou a porta-voz do departamento de Estado, Elizabeth Trudeau.
A cidade de Abs está localizada nos limites da cidade de Harad, perto da fronteira com a Arábia Saudita. É a partir de Abs que os rebeldes iemenitas lançam com certa frequência ataques contra regiões sauditas perto da fronteira, causando vítimas.
Frequentemente bombardeada pela coalizão, Harad é também o palco de violentos combates entre as forças governamentais apoiadas pelas tropas da coalizão e os rebeldes xiitas huthis.
A guerra no país já deixou mais de 6.400 mortos e 30.000 feridos, incluindo muitos civis.