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Clinton e Trump apostam em estados-chave na reta final

Uma pesquisa divulgada na noite de terça-feira atribui a Trump uma pequena vantagem na Flórida sobre Clinton, mas dentro da margem de erro

Eleições: "Duvido que Donald Trump tenha lido a Constituição" dos Estados Unidos, declarou a candidata (Charles Mostoller / Jonathan Ernst / Reuters)
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AFP

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 19h29.

Hillary Clinton e Donald Trump concentravam seus esforços nesta quarta-feira em Estados onde a disputa pela Casa Branca está mais apertada, como Flórida e Carolina do Norte.

Em seu segundo dia de visita à Florida, Clinton foi recebida por seus partidários em Lake Worth, que celebraram o 69º aniversário da democrata.

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"Duvido que Donald Trump tenha lido a Constituição" dos Estados Unidos, declarou a candidata, antes de seguir para Tampa, onde realizou outro comício, a treze dias das eleições.

Uma pesquisa divulgada na noite de terça-feira atribui a Trump uma pequena vantagem na Flórida sobre Clinton, mas dentro da margem de erro.

Mas em nível nacional, em média, as pesquisas dão a Clinton uma vantagem de cinco pontos sobre Trump.

A Flórida é um dos Estados fundamentais para se chegar à Casa Branca, e no final de semana a coordenadora da campanha de Trump, Kellyanne Conway, admitiu que uma derrota neste Estado tornaria muito mais difícil conquistar a presidência.

Clinton também viaja à Carolina do Norte, outro Estado onde disputa voto a voto com Trump.

Vitória "espetacular"

Trump, que tem denunciado fraude nas eleições, promete uma vitória surpreendente nas urnas.

"Penso que teremos uma vitória espetacular", disse Trump na quarta-feira à rede de televisão CNN, para acrescentar que pretende reforçar o caixa de sua campanha recorrendo ao próprio dinheiro.

O candidato republicano esteve nesta quarta-feira rapidamente em Washington, para a inauguração do Hotel Internacional Trump, próximo à Casa Branca.

Apesar de não fazer parte de sua agenda de campanha, Trump aproveitou a oportunidade: "terminar esta obra dentro do orçamento previsto e antes do tempo esperado é algo que passa uma mensagem".

Na avenida Pensilvânia, cerca de 100 pessoas - principalmente trabalhadores e líderes sindicais - realizaram uma manifestação para denunciar a ação judicial de Trump contra o sindicato de empregados de outro de seus hotéis, em Las Vegas (Nevada).

O sindicalista chileno-americano Yoel Bitran disse à AFP que é "problemático que (Trump) não esteja disposto a reconhecer seus próprios trabalhadores, que o tornam rico todos os dias, e não lhes dar ao menos a proteção das leis básicas deste país".

James Harcomb, eleitor de Trump, afirmou que o protesto era promovido pelo lado democrata: "pergunto quanto receberam de Clinton para fazer isto".

Kriptonita

Trump manteve o tom das críticas a Clinton, que voltou a ser ameaçada pela sombra do escândalo da utilização de um servidor privado para mensagens oficiais quando era secretária de Estado.

O WikiLeaks divulgou nesta quarta-feira mensagens que revelam que no início de sua campanha presidencial, em 2015, integrantes da equipe de Clinton estavam consternados porque assessores do departamento de Estado não haviam conseguido evitar o escândalo com a publicação do caso no The New York Times.

Um dos e-mails revelados é uma mensagem de Neera Tanden, integrante da chamada 'equipe de transição' preparada pela campanha de Hillary Clinton, de 2 de março de 2015, o mesmo dia em que o The New York Times revelou que Hillary havia usado um servidor privado de e-mail quando era secretária de Estado (2009-2013).

Na mensagem - enviada a John Podesta, que na época fazia a campanha de Hillary - Tanden questionou por que a equipe da ex-secretária de Estado não havia resolvido o caso antes de se transformar em um escândalo.

"Por que não se livraram disso há 18 meses? É uma loucura", escreveu Tanden a Podesta no dia 2 de março, após as revelações do jornal. "É inacreditável", respondeu Podesta.

Depois, Tanden tentou responder sua própria pergunta: "Acho que sei a resposta. Querem se salvar", escreveu.

Em outra mensagem, Tanden apontou que o escândalo "é como um calcanhar de Aquiles. Kriptonita".

"Ninguém quer mais quatro anos de (Barack) Obama, não quer Hillary com todos os seus problemas e corrupção. O que está sendo divulgado pelo WikiLeaks é um desastre", declarou Trump.

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