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Pequim segue com atenção congresso das lideranças comunistas

Congresso irá escolher os novos líderes do país para os próximos dez anos e está sendo acompanhado atentamente pela população da cidade

Presidente chinês, Hu Jintao, discursa na abertura do 18º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh), em Pequim (Getty Images/ Feng Li)

Presidente chinês, Hu Jintao, discursa na abertura do 18º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh), em Pequim (Getty Images/ Feng Li)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2012 às 08h43.

Pequim - Pela televisão, pela rádio, e até em comunidade, os cidadãos de Pequim seguem com atenção o 18º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh), no qual serão escolhidos os líderes do gigante asiático para a próxima década.

Embora o discurso de inauguração do atual presidente do país, Hu Jintao, tenha coincidido com o início da jornada de trabalho dos pequineses, muitos deles o acompanharam através dos meios de comunicação oficiais que o retransmitiam ao vivo.

'A última década de reforma e abertura foi muito boa. Eu nasci em 1950 - um ano depois da fundação do PCCh - e a mudança que vi é impressionante', afirmou à Agência Efe um engenheiro informático, de sobrenome Xu, que viu a abertura do Congresso em seu escritório com seus companheiros de trabalho.

Xu corroborou as palavras de Hu Jintao e considera que 'todo mundo deveria interessar-se por seu discurso, porque todos esperamos que a vida seja melhor no futuro'.

Os mais motivados perante o discurso foram os cidadãos sem obrigações trabalhistas, principalmente os aposentados, que em alguns casos até se reuniram para escutar e comentar o discurso do ainda presidente do Partido Comunista e chefe de Estado chinês.

É o caso de Wang Guanhai e seus vizinhos, que em uma sala de reuniões de sua comunidade seguiram intensamente as quase duas horas de discurso.

Junto ao televisor se podia ler uma mensagem de apoio inequívoca ao evento: 'A comunidade de Gongti dá as boas-vindas à abertura do 18º Congresso do Partido Comunista'.


'Falou sobre a vida das pessoas, o desenvolvimento do partido, a integração do país, os problemas de corrupção e, sobretudo, pôs o bem-estar do povo em primeiro lugar', explicou Wang, como se respondesse à pergunta de um exame.

Em relação à corrupção e perguntado pelo escândalo em torno de Bo Xilai - ex-líder máximo do PCCh em Chongqing que agora possivelmente enfrentará um possível julgamento por corrupção - Wang se mostrou taxativo sobre seu futuro.

'O país tem suas leis e elas têm que ser respeitadas. Se alguém infringe a lei, tem que ser condenado. Isto acontece com as pessoas comuns e deve ser até mais contundente com os grandes líderes', comentou o aposentado, que durante toda sua vida trabalhou como lixeiro.

A comunidade de Wang organizará diversas atividades coincidindo com o Congresso e Jin Li Ying, como empregada da associação, é a encarregada de prepará-las. 'Debateremos sobre o futuro do partido e do país', detalhou.

Em relação ao procedimento de seleção dos novos líderes, cujos nomes serão anunciados oficialmente no próximo dia 14 de novembro, tanto Jin como Wang asseguram que se trata de uma fórmula democrática porque consideram que 'todas as facções que existem dentro do partido podem decidir a tendência do futuro'.

Na sala há unanimidade a respeito da gestão de Hu e do primeiro-ministro, Wen Jibao, como máximos líderes do país na última década.

'Quero agradecer o trabalho de Wen em nome dos meus pais, que o respeitam por ter ajudado a aumentar as rendas dos idosos', destacou Jin.

Quanto aos desafios de futuro, aposta em políticas que barateiem o preço dos imóveis, que melhorem o atendimento médico e que aumentem os salários dos trabalhadores.

Fora deste agrupamento, no entanto, outros cidadãos sabem da abertura do Congresso, mas poucos conhecem os detalhes do conclave.

'Sei que será eleito um novo líder, mas não como será selecionado. Eu sou um cidadão normal', disse Lu, dono de uma mercearia e nascido na província de Fujian.

'Somente espero que tratem bem as pessoas e ampliem as políticas para melhorar o bem-estar do povo', acrescentou.

Muito mais breve e claro se mostrou um lixeiro de sobrenome Li, que sabia do Congresso, mas que reconheceu não ter visto o discurso de abertura de Hu Jintao.

'Isto realmente não me importa, apenas me preocupo em como vou ganhar a vida no dia a dia', declarou. EFE

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