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Ciclones não dão trégua no México, deixando 80 mortos

Além das vítimas, 58 pessoas continuam desaparecidas

Vista aérea de bairro alagado em Acapulco, no México: até esta noite, 334 pessoas que viviam em La Pintada foram resgatadas por helicópteros, mas ainda restam 45 moradores (Stringer/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 07h57.

México - A atual temporada de ciclones tropicais está castigando o México , com novas ameaças e um rastro de tragédia que deixou até esta quarta-feira 80 mortos, 58 desaparecidos e muitas comunidades isoladas.

"Não esperávamos esta magnitude de tempestades", afirmou hoje em entrevista coletiva Luis Walton, prefeito de Acapulco, uma cidade que vem sofrendo com as fortes chuvas desde o fim de semana passado.

Os ciclones tropicais "Manuel" e "Ingrid" deixaram um rastro mortal desde a última sexta-feira, o primeiro no lado do oceano Pacífico e o segundo no Atlântico, em uma confluência de fenômenos meteorológicos que não acontecia há 50 anos.

O "Ingrid" deixou de existir na terça-feira, mas no Atlântico está se formando uma baixa pressão que pode se transformar nas próximas horas em ciclone, com ventos sustentados de 40 km/h e rajadas de 55 km/h.

O "Manuel", por outro lado, que se formou na sexta-feira passada pela tarde como tempestade tropical, perdeu força no domingo, mas hoje se fortaleceu novamente e se transformou em furacão em frente ao litoral do estado de Sinaloa.

O último saldo de vítimas divulgado hoje em uma entrevista coletiva de ministros e funcionários do alto escalão do governo mexicano em Acapulco confirmou 80 mortes, a maioria delas (48), no estado de Guerrero, um dos mais pobres do país.

Mas o número ainda pode aumentar se forem confirmadas as vítimas em uma comunidade nesse mesmo estado, La Pintada, onde 58 pessoas foram consideradas como desaparecidas hoje por causa de um desmoronamento que soterrou dezenas de casas.


"São 58 pessoas desaparecidas, sem que se possa precisar se essas pessoas estão soterradas", afirmou o presidente Enrique Peña Nieto em entrevista coletiva na cidade de Tampico.

Até esta noite, 334 pessoas que viviam em La Pintada foram resgatadas por helicópteros, mas ainda restam 45 moradores, a maioria homens, que serão resgatados amanhã por via aérea, a única forma de se chegar a essa comunidade.

Dos 80 mortos confirmados, segundo o saldo provisório, só em Acapulco, um dos principais centros turísticos do país, 18 pessoas morreram pelas consequências de "Manuel", que deixaram a cidade isolada.

Em um esforço que começou ontem, as companhias aéreas programaram para hoje cerca de 30 voos para retirar milhares de pessoas que estão presas em Acapulco. A estrada que liga a cidade com a capital mexicana está fechada.

Efetivos das Forças Armadas, dos diversos corpos policiais e membros da Defesa Civil foram mobilizados para atender os milhares de desabrigados, mais de 200 mil pessoas, segundo dados oficiais.

As equipes de resgate ainda não conseguiram chegar em muitas comunidades. Em cidades como Acapulco, os mantimentos estão chegando por navio e avião, enquanto as vias terrestres continuam fechadas.

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México - A atual temporada de ciclones tropicais está castigando o México , com novas ameaças e um rastro de tragédia que deixou até esta quarta-feira 80 mortos, 58 desaparecidos e muitas comunidades isoladas.

"Não esperávamos esta magnitude de tempestades", afirmou hoje em entrevista coletiva Luis Walton, prefeito de Acapulco, uma cidade que vem sofrendo com as fortes chuvas desde o fim de semana passado.

Os ciclones tropicais "Manuel" e "Ingrid" deixaram um rastro mortal desde a última sexta-feira, o primeiro no lado do oceano Pacífico e o segundo no Atlântico, em uma confluência de fenômenos meteorológicos que não acontecia há 50 anos.

O "Ingrid" deixou de existir na terça-feira, mas no Atlântico está se formando uma baixa pressão que pode se transformar nas próximas horas em ciclone, com ventos sustentados de 40 km/h e rajadas de 55 km/h.

O "Manuel", por outro lado, que se formou na sexta-feira passada pela tarde como tempestade tropical, perdeu força no domingo, mas hoje se fortaleceu novamente e se transformou em furacão em frente ao litoral do estado de Sinaloa.

O último saldo de vítimas divulgado hoje em uma entrevista coletiva de ministros e funcionários do alto escalão do governo mexicano em Acapulco confirmou 80 mortes, a maioria delas (48), no estado de Guerrero, um dos mais pobres do país.

Mas o número ainda pode aumentar se forem confirmadas as vítimas em uma comunidade nesse mesmo estado, La Pintada, onde 58 pessoas foram consideradas como desaparecidas hoje por causa de um desmoronamento que soterrou dezenas de casas.


"São 58 pessoas desaparecidas, sem que se possa precisar se essas pessoas estão soterradas", afirmou o presidente Enrique Peña Nieto em entrevista coletiva na cidade de Tampico.

Até esta noite, 334 pessoas que viviam em La Pintada foram resgatadas por helicópteros, mas ainda restam 45 moradores, a maioria homens, que serão resgatados amanhã por via aérea, a única forma de se chegar a essa comunidade.

Dos 80 mortos confirmados, segundo o saldo provisório, só em Acapulco, um dos principais centros turísticos do país, 18 pessoas morreram pelas consequências de "Manuel", que deixaram a cidade isolada.

Em um esforço que começou ontem, as companhias aéreas programaram para hoje cerca de 30 voos para retirar milhares de pessoas que estão presas em Acapulco. A estrada que liga a cidade com a capital mexicana está fechada.

Efetivos das Forças Armadas, dos diversos corpos policiais e membros da Defesa Civil foram mobilizados para atender os milhares de desabrigados, mais de 200 mil pessoas, segundo dados oficiais.

As equipes de resgate ainda não conseguiram chegar em muitas comunidades. Em cidades como Acapulco, os mantimentos estão chegando por navio e avião, enquanto as vias terrestres continuam fechadas.

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