CIA enganou sobre métodos de interrogatório, diz jornal
A CIA enganou o governo e a população quanto aos métodos empregados nos interrogatórios durante a presidência de George W. Bush, afirma relatório
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 10h09.
Washington - A CIA enganou deliberadamente o governo e a população americanos quanto aos duros métodos empregados nos interrogatórios durante a presidência de George W. Bush, afirma um relatório do Senado, ao qual tiveram acesso alguns funcionários que falaram ao jornal Washington Post .
No documento de 6.300 páginas redigido pela Comissão de Inteligência do Senado, a CIA é acusada de ter ocultado alguns detalhes sobre a brutalidade de seus métodos, semelhantes à tortura.
O organismo de inteligência também teria exagerado na importância de alguns complôs e de certos prisioneiros em suas prisões secretas.
A agência é acusada de ter ocultado que algumas informações decisivas teriam sido obtidas de prisioneiros submetidos a técnicas brutais de interrogatório dos agentes americanos, explica o Post.
As informações mais preciosas sobre a Al Qaeda, "entre elas as que levaram à operação contra Osama Bin Laden em 2011", não foram, no entanto, obtidas graças a estes métodos da CIA, acrescenta o jornal.
O relatório ainda é confidencial e o jornal explica que pôde divulgar alguns detalhes graças às indiscrições de alguns funcionários que tiveram acesso ao documento.
Procurado pela AFP, Dean Boyd, porta-voz da CIA, não quis comentar estas informações.
"Ainda não temos a versão final do relatório", disse.
O documento está elaborado ao redor de "detalhados relatos de dezenas de pessoas detidas pela CIA" entre 2002 e 2006, acrescenta o jornal.
Na época, a agência estava nos postos de vanguarda na "guerra contra o terrorismo" decretada por Bush e empregava a tortura como método de interrogatório, segundo muitos defensores dos direitos humanos. Estes métodos incluíam, entre outros, a privação do sono e o chamado "submarino" (imersão na água até quase alcançar o afogamento).
O presidente Obama proibiu estes métodos em 2009.
A presidente da Comissão de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, indicou na semana passada que seus membros planejavam votar na quinta-feira para pedir formalmente o fim do sigilo de 400 das 6.300 páginas do relatório.
Barack Obama apoia a divulgação.
"Comprometo-me totalmente a liberar este relatório assim que tiver sido concluído", declarou no dia 12 de março.
Estes incidentes ocorrem quando a CIA se considera em guerra aberta contra o Senado. A agência de espionagem é acusada de ter apresentado obstáculos ao trabalho dos assistentes parlamentares que se dedicaram durante três anos à redação do documento, sobretudo suprimindo documentos de seus servidores.
Washington - A CIA enganou deliberadamente o governo e a população americanos quanto aos duros métodos empregados nos interrogatórios durante a presidência de George W. Bush, afirma um relatório do Senado, ao qual tiveram acesso alguns funcionários que falaram ao jornal Washington Post .
No documento de 6.300 páginas redigido pela Comissão de Inteligência do Senado, a CIA é acusada de ter ocultado alguns detalhes sobre a brutalidade de seus métodos, semelhantes à tortura.
O organismo de inteligência também teria exagerado na importância de alguns complôs e de certos prisioneiros em suas prisões secretas.
A agência é acusada de ter ocultado que algumas informações decisivas teriam sido obtidas de prisioneiros submetidos a técnicas brutais de interrogatório dos agentes americanos, explica o Post.
As informações mais preciosas sobre a Al Qaeda, "entre elas as que levaram à operação contra Osama Bin Laden em 2011", não foram, no entanto, obtidas graças a estes métodos da CIA, acrescenta o jornal.
O relatório ainda é confidencial e o jornal explica que pôde divulgar alguns detalhes graças às indiscrições de alguns funcionários que tiveram acesso ao documento.
Procurado pela AFP, Dean Boyd, porta-voz da CIA, não quis comentar estas informações.
"Ainda não temos a versão final do relatório", disse.
O documento está elaborado ao redor de "detalhados relatos de dezenas de pessoas detidas pela CIA" entre 2002 e 2006, acrescenta o jornal.
Na época, a agência estava nos postos de vanguarda na "guerra contra o terrorismo" decretada por Bush e empregava a tortura como método de interrogatório, segundo muitos defensores dos direitos humanos. Estes métodos incluíam, entre outros, a privação do sono e o chamado "submarino" (imersão na água até quase alcançar o afogamento).
O presidente Obama proibiu estes métodos em 2009.
A presidente da Comissão de Inteligência do Senado, Dianne Feinstein, indicou na semana passada que seus membros planejavam votar na quinta-feira para pedir formalmente o fim do sigilo de 400 das 6.300 páginas do relatório.
Barack Obama apoia a divulgação.
"Comprometo-me totalmente a liberar este relatório assim que tiver sido concluído", declarou no dia 12 de março.
Estes incidentes ocorrem quando a CIA se considera em guerra aberta contra o Senado. A agência de espionagem é acusada de ter apresentado obstáculos ao trabalho dos assistentes parlamentares que se dedicaram durante três anos à redação do documento, sobretudo suprimindo documentos de seus servidores.