O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Brennan (Larry Downing/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 21h02.
A CIA condenou nesta quarta-feira o ataque de um hacker ao e-mail pessoal do diretor da agência de Inteligência, John Brennan, e destacou que até o momento "não há evidências" sobre o acesso à informação confidencial.
"O ataque ao e-mail pessoal de Brennan é um crime no qual sua família é a vítima", afirmou a Agência Central de Inteligência, após o grupo WikiLeaks publicar documentos procedentes desta conta.
"O conteúdo de documentos privados da família Brennan foi subtraído com intenção maliciosa e distribuído através da rede", assinala a CIA.
O Wikileaks publicou nesta quarta uma primeira parte dos e-mails que obteve da conta pessoal de Brennan, o que foi motivo de constrangimento para o chefe da inteligência americana.
O grupo anunciou que deverá divulgar outros e-mails "nos próximos dias".
Embora não pareça que os e-mails hackeados contenham algum segredo de envergadura, ele inclui um questionário de verificação de antecedentes de 47 páginas que, aparentemente, Brennan preencheu em 2008.
Neste documento, o chefe da CIA enumera vários de seus amigos e sócios, assim como um detalhado histórico profissional e inúmeros detalhes de sua vida familiar.
Um dos nomes que figuram na lista, junto a seu número telefônico, é o de George Tenet, que dirigiu a CIA entre 1996 e 2004.
Os vazamentos também incluem uma mensagem de 2008 enviada pelo vice-presidente do Comitê de Assuntos de Inteligência do Senado norte-americano, Christopher "Kit" Bond, que pede a proibição de certas "duras técnicas de interrogatório".
O anúncio do WikiLeaks foi feito pouco depois de um adolescente revelar que hackeou a conta pessoal de Brennan.