Mundo

Chuvas acima da média em janeiro beneficiam agricultura

Grandes volumes de chuvas são esperados para os próximos dias, afirmou a Somar Meteorologia


	Chuvas Minas Gerais: precipitações vêm em boa hora também para os reservatórios de hidrelétricas

Chuvas Minas Gerais: precipitações vêm em boa hora também para os reservatórios de hidrelétricas

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 11h24.

São Paulo - Grandes volumes de chuvas são esperados para os próximos dias, permitindo que áreas do centro-sul do Brasil recebam chuvas acima da média histórica até o final de janeiro, o que beneficiará áreas de soja, milho, café e cana, afirmou a Somar Meteorologia nesta quinta-feira.

As precipitações vêm em boa hora também para os reservatórios de hidrelétricas, após um período de chuvas abaixo da média em dezembro na grande maioria das áreas, embora o benefício seja mais imediato para agricultura do que para o saneamento da atual crise energética, acrescentou a Somar.

"As chuvas vão ser generalizadas nos próximos dias até sábado", disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos nesta quinta-feira.

Até sábado, os volumes de chuva podem superar 200 milímetros em algumas localidades de Minas Gerais, "o que pode trazer transtornos a estas regiões como transbordo de rios e queda de barreiras em estradas", disse a Somar em boletim climático para as áreas de café.

Algumas áreas de Minas Gerais --o principal produtor de café do país, Estado também conhecido como "caixa d'água do Brasil" por abrigar nascentes de rios que abastecem importantes hidrelétricas-- poderão receber nos próximos quatro dias chuvas suficientes para pelo menos igualar o volume da média histórica de janeiro.

"Janeiro provavelmente vai fechar com chuvas acima da média", disse, ressaltando a importância das precipitações para os cafezais do maior produtor global da commodity.

Para a região produtora de soja, a Somar também prevê volumes elevados: "em 5 dias, deve chover mais de 200 mm entre o Sudeste e Centro-Oeste", contra 299 milímetros da média histórica esperada para a região central de Mato Grosso, onde mais chove em janeiro, pelos dados meteorológicos.


"Para as lavouras é excelente, vai elevar o nível de umidade do solo, vai ter potencial para suprir toda a demanda da planta", comentou o agrometeorologista.

O Brasil prevê uma produção recorde de soja, o que permitiria ao país superar os Estados Unidos como o maior produtor global na temporada 2012/13. Alguns especialistas também acreditam em uma safra recorde de milho.

No caso do café, as projeções do governo também apontam para uma safra abundante, mesmo que 2013 seja o ano de baixa do ciclo bianual da variedade arábica. A colheita de cana também deverá ter boa recuperação.

Atividade de colheita afetada

No caso da soja, é possível que o elevado volume de chuvas até prejudique os trabalhos do início da colheita no Centro-Oeste, uma vez que a elevada umidade pode impedir a entrada das colheitadeiras nos campos.

"Vão ter duas situações: as chuvas que vão ocorrer nos próximo quatro dias vão ser boas, vão normalizar o desenvolvimento das lavouras, porém podem trazer prejuízo para o pessoal que está colhendo, vão inviabilizar totalmente...", disse Santos.

Mas "as chuvas serão mais favoráveis do que desfavoráveis, tem muita soja em desenvolvimento, precisando de água ainda", acrescentou ele.

A frente fria que traz chuvas para o Sudeste e Centro-Oeste é a mesma que elevou a umidade no solo no Paraná e Rio Grande do Sul nos últimos dias. Nas terras gaúchas já choveu quase o volume esperado para todo o mês --em algumas áreas, as precipitações já superaram o total histórico de janeiro.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaChuvasMeio ambienteTrigo

Mais de Mundo

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump

Parlamento russo aprova lei que proíbe 'propaganda' de estilo de vida sem filhos

Inflação na Argentina sobe 2,7% em outubro; a menor desde 2021

Israel ordena a evacuação de 14 cidades no sul do Líbano antes de atacá-las