Exame Logo

Chip converte água do mar em potável

São Paulo -  Converter água salgada em doce e potável não é algo simples, mas pode ser crucial para áreas de desastre (como Haiti). Buscando soluções mais facilmente aplicáveis em emergências, pesquisadores do MIT desenvolvem unidades portáteis recarregáveis com luz do sol ou baterias que, além de remover o sal, eliminariam 99% de contaminantes, vírus […]

Uma unidade do sistema: no canal em forma de y, a água do mar entra pela direita; a água potável sai pelo canal mais abaixo, à esquerda (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo -  Converter água salgada em doce e potável não é algo simples, mas pode ser crucial para áreas de desastre (como Haiti).

Buscando soluções mais facilmente aplicáveis em emergências, pesquisadores do MIT desenvolvem unidades portáteis recarregáveis com luz do sol ou baterias que, além de remover o sal, eliminariam 99% de contaminantes, vírus e bactérias.

Veja também

O método que usa concentração polarizada de íons foi criado por Sung Jae Kim e Jongyoon Han, do departamento de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação do Massachusetts Institute of Technology.

Atualmente, uma das principais formas de remover o sal é a chamada osmose reversa, que usa membranas como filtro e que exige bombas grandes para manter as altas pressões necessárias. Este novo sistema, no entanto, repele sal e micróbios da água de forma eletrostática, graças à membrana chamada "íon-seletiva" do sistema.

Tudo funciona em escala microscópica, com métodos de fabricação similares aos chips, porém utilizando produtos como o silicone. Cada dispositivo só conseguiria limpar quantidades diminutas de água, mas um grande número deles poderia produzir 15 litros potáveis por hora - seria necessário aglomerar 1.600 desses “chips”.

Nos testes, os pesquisadores conseguiram remover 99% do sal e de contaminantes. A quantidade de energia necessária ainda é alta, comparável á da osmose reversa, porém ele possui a vantagem de produzir dessalinização em qualquer escala. O MIT acredita que, com aperfeiçoamento, ele chegue a consumir somente a energia de uma lâmpada convencional.

Os pesquisadores acreditam que deva levar dois anos para lançá-lo no mercado.

Veja outras notícias de sustentabilidade .

Acompanhe tudo sobre:ÁguaDesenvolvimento econômicoSustentabilidadeTecnologias limpas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame