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China sinaliza novas medidas de estímulo econômico para o ano que vem, como corte de juros

Medidas para 2025 serão debatidas em reunião com autoridades econômicas do país lideradas pelo presidente Xi Jinping

Agência o Globo
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Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 09h41.

Última atualização em 12 de dezembro de 2024 às 09h45.

A China indicou que vai adotar mais medidas de estímulo econômico, incluindo elevar sua relação de déficit orçamentário para o ano que vem. O anúncio deve acontecer durante uma reunião entre autoridades econômicas, que define as prioridades políticas para o próximo ano.

Altos líderes, comandados pelo presidente Xi Jinping, também se comprometeram a implementar cortes nas taxas de juros e a reduzir os requisitos de reserva para os bancos durante a Reunião Central de Trabalho Econômico, realizada em Pequim, de acordo com a emissora estatal CCTV.

A emissora afirmou que a China “precisará manter o crescimento econômico e assegurar a estabilidade geral do emprego e dos preços” no próximo ano. O governo também planeja aumentar a emissão de títulos especiais do tesouro de longo prazo e notas especiais de governos locais, que são fontes importantes de investimento em infraestrutura e outros gastos públicos.

Essas promessas seguem o compromisso feito no encontro do Politburo no início desta semana de injetar mais estímulos na economia. Isso incluiu a primeira mudança na política monetária da China em 14 anos para uma estratégia “moderadamente frouxa” e indicou uma determinação em apoiar a demanda.

Embora uma desaceleração econômica seja um risco para 2025, a China parece estar no caminho para atingir sua meta oficial de crescimento econômico de cerca de 5% este ano, após um leve aumento nos gastos dos consumidores e na atividade industrial nas últimas semanas.

As melhorias no cenário econômico do país são amplamente atribuídas a uma série de medidas de estímulo implementadas desde o final de setembro, como cortes agressivos nas taxas de juros e subsídios governamentais ampliados para compras de carros e eletrodomésticos.

No entanto, as perspectivas para o próximo ano e além são cada vez mais incertas. O risco de uma nova guerra comercial com os Estados Unidos, após a reeleição de Donald Trump, pode fazer com que as exportações deixem de ser um motor significativo de crescimento.

Os desafios domésticos também estão se acumulando. A confiança de consumidores e empresas permanece baixa, contribuindo para uma deflação persistente. A prolongada desaceleração no setor imobiliário não apresenta sinais de recuperação.

Investidores estão analisando a linguagem usada pelos líderes para decifrar planos políticos concretos para o próximo ano, já que o otimismo inicial com os sinais de políticas ousadas perdeu força. Economistas têm pedido aumento nos empréstimos e gastos do governo central, maior auxílio aos consumidores e reformas para melhorar a rede de segurança social.

Detalhes como a meta de crescimento ou o orçamento do governo só serão revelados em março, durante as sessões legislativas anuais.

Muitos economistas esperam que Pequim estabeleça uma meta para 2025 semelhante ao objetivo deste ano de expandir o produto interno bruto em “cerca de 5%”. Alguns também preveem que os formuladores de políticas buscarão levar o déficit orçamentário do próximo ano ao maior nível em três décadas e implementar os cortes de taxas mais profundos desde 2015.

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