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China reprova encontro de Dalai Lama com políticos nos EUA

O governo chinês acusa o Dalai Lama de promover o separatismo

Dalai Lama no Congresso dos EUA: o líder falou sobre "preservação da identidade religiosa, cultural e linguística única do Tibete" e sobre a "proteção dos direitos humanos na China"
 (Brendan Smialowski/Getty Images/AFP)

Dalai Lama no Congresso dos EUA: o líder falou sobre "preservação da identidade religiosa, cultural e linguística única do Tibete" e sobre a "proteção dos direitos humanos na China" (Brendan Smialowski/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 09h04.

Pequim - A China advertiu nesta quinta-feira o governo americano sobre qualquer discussão oficial dos Estados Unidos com o Dalai Lama, atualmente em visita ao país, onde na véspera celebrou seu aniversário de 76 anos na presença de milhares de pessoas em Washington.

"Nos opomos totalmente a qualquer atividade do Dalai Lama durante as visitas ao estrangeiro que tenham como objetivo a separação do Tibete de sua pátria mãe", disse Hong Lei, um porta-voz do ministério chinês de Relações Exteriores. "Nos opomos totalmente a que um governo estrangeiro ou uma personalidade política apoie ou promova essas atividades", completou.

Na terça-feira, o Dalai Lama se reuniu com a subsecretária de Estado americana para a Democracia e Assuntos Mundiais, María Otero, para falar do apoio americano à "preservação da identidade religiosa, cultural e linguística única do Tibete" e sobre a "proteção dos direitos humanos na China", segundo um comunicado do Departamento de Estado.

Nesta quinta-feira, o Dalai Lama se reuniu no Congresso americano com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e tinha previsto também um encontro com a chefe da minoria democrata, Nancy Pelosi.

As autoridades chinesas contataram diretamente os Estados Unidos, informou a porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland: "Eles manifestaram seu descontentamento quando aos encontros oficiais em Washington".

O governo chinês acusa o Dalai Lama de promover o separatismo e lhe pedem regularmente que abandone definitivamente qualquer aspiração de independência.

A China, que assegura que "liberou pacificamente" o Tibete em 1951, controla cada vez mais rigidamente essa região autônoma e as províncias limítrofes da população tibetana desde a revolta contra o país, em 2008.

Os tibetanos se queixam da repressão implacável realizada pelas autoridades comunistas chinesas.

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