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China registrou cerca de 13 mil mortes por covid na última semana

Dados não incluem pessoas que morreram em casa; mais de 600.000 pessoas morreram da doença desde que a China abandonou sua política de "covid zero"

A QR code for Covid-19 contact tracing displayed at the entrance to a subway station in Shanghai, China, on Monday, Dec. 5, 2022. Government officials over the past week signaled a transition away from the harshest Covid containment measures, which have weighed on the economy and prompted thousands of demonstrators to take to the streets to voice their anger. Photographer: Qilai Shen/Bloomberg (Qilai Shen/Bloomberg)

A QR code for Covid-19 contact tracing displayed at the entrance to a subway station in Shanghai, China, on Monday, Dec. 5, 2022. Government officials over the past week signaled a transition away from the harshest Covid containment measures, which have weighed on the economy and prompted thousands of demonstrators to take to the streets to voice their anger. Photographer: Qilai Shen/Bloomberg (Qilai Shen/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 22 de janeiro de 2023 às 16h38.

A China registrou quase 13.000 mortes relacionadas ao coronavírus em hospitais, entre 13 e 19 de janeiro, depois de uma autoridade de alto escalão da Saúde afirmar que a grande maioria da população já havia contraído o vírus. Há uma semana, o governo chinês informou que quase 60.000 pessoas morreram de covid em hospitais, até 12 de janeiro.

Ontem, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China anunciou que 681 pacientes hospitalizados morreram de insuficiência respiratória por coronavírus, e outros 11.977, de outras doenças combinadas com o vírus.

Esses dados não incluem pessoas que morreram em casa.

A Airfinity, uma consultoria independente, estimou que a taxa diária de mortalidade na China atingirá o pico de 36.000 durante o Ano Novo Lunar neste fim de semana.

A empresa também estimou que mais de 600.000 pessoas morreram da doença desde que a China abandonou sua política de "covid zero" em dezembro.

A China já superou o pico de casos, segundo os registros de internações em clínicas, pronto-socorros e unidades de terapia intensiva, disse Guo Yanhong, funcionário de alto escalão da Comissão Nacional de Saúde, na quinta-feira.

Baixa probabilidade de segunda onda

Dezenas de milhões de pessoas viajaram neste fim de semana para se reunirem com suas famílias e celebrar o feriado mais importante do calendário chinês, neste domingo, aumentando os temores de um agravamento do surto epidêmico.

As autoridades de transporte chinesas projetam que, entre este mês e fevereiro, serão feitas mais de dois bilhões de viagens, um dos maiores movimentos de pessoas do mundo.

Na quarta-feira, o presidente Xi Jinping manifestou sua preocupação com a propagação do vírus nas áreas rurais da China, que têm menos recursos de saúde.

Em postagem na rede social Weibo neste sábado, o diretor de Epidemiologia do CDC, Wu Zunyou, afirmou, porém, que o país não vai sofrer uma segunda onda de contágios nos próximos dois a três meses, depois que milhões de pessoas viajarem das grandes cidades para suas cidades natais.

Segundo ele, cerca de 80% da população já foi infectada.

"Embora o grande número de pessoas viajando durante o Festival da Primavera possa promover uma propagação da epidemia até certo ponto (...) a atual onda epidêmica já infectou cerca de 80% da população", disse Zunyou.

"No curto prazo, por exemplo, nos próximos dois a três meses a possibilidade de (...) uma segunda onda da epidemia no país é muito baixa", completou.

No sábado à noite, moradores de Wuhan, a metrópole do centro do país onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez. no final de 2019, comemoraram a chegada do Ano do Coelho com fogos de artifício, flores e oferendas aos mortos pelo vírus.

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