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China nega venda ilegal de petróleo à Coreia do Norte

Na véspera, Trump disse no Twitter que a China foi "flagrada" permitindo a entrada da commodity na Coreia do Norte

Coreia do Norte: "O lado chinês realizou uma investigação imediata. Na verdade, o navio em questão não atraca desde agosto em um porto chinês" (Rahman Roslan/Getty Images)

Coreia do Norte: "O lado chinês realizou uma investigação imediata. Na verdade, o navio em questão não atraca desde agosto em um porto chinês" (Rahman Roslan/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 08h20.

Pequim/Washington- A China negou nesta sexta-feira relatos de que tem vendido derivados de petróleo ilegalmente à Coreia do Norte, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse não estar feliz por Pequim ter permitido que petróleo chegasse à nação isolada.

Na véspera, Trump disse no Twitter que a China foi "flagrada" permitindo a entrada da commodity na Coreia do Norte, e que isso impedirá "uma solução amistosa" para a crise provocada pelo programa nuclear norte-coreano.

"Tenho sido suave com a China porque para mim a única coisa mais importante do que o comércio é a guerra", disse Trump em uma entrevista ao jornal New York Times.

Nesta semana o jornal sul-coreano Chosun Ilbo citou fontes do governo local que disseram que satélites espiões dos EUA detectaram navios chineses transferindo petróleo para embarcações norte-coreanas cerca de 30 vezes desde outubro.

Autoridades dos EUA não confirmaram detalhes desta reportagem.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying disse a repórteres que notou reportagens recentes com insinuações de que um navio chinês é suspeito de ter transportado petróleo para uma embarcação da Coreia do Norte em 19 de outubro.

"O lado chinês realizou uma investigação imediata. Na verdade, o navio em questão não atraca desde agosto em um porto chinês e não existe registro de que tenha entrado ou partido de um porto chinês", disse Hua.

Ela afirmou não saber se a embarcação atracou em outros países, mas que as reportagens relevantes "não conferem com os fatos".

Na entrevista ao New York Times, Trump ligou a política comercial de seu governo com a China explicitamente à percepção de uma cooperação de Pequim para resolver a crise nuclear norte-coreana.

Washington diz que a cooperação plena da China, vizinha e principal parceira comercial da Coreia do Norte, é vital para o sucesso da iniciativa, alertando por outro lado que todas as opções estão sendo cogitadas, inclusive as militares, para se lidar com o regime.

Pequim vem repetindo que está aplicando totalmente as resoluções contra a Coreia do Norte, apesar de Washington, Seul e Tóquio desconfiarem de que ainda existem brechas.

Nesta sexta-feira a Coreia do Sul disse ter apreendido um navio com bandeira de Hong Kong suspeito de transferir petróleo para a Coreia do Norte, desafiando sanções.

Uma autoridade de alto escalão da chancelaria sul-coreana disse que o navio foi apreendido quando chegou a um porto da Coreia do Sul no final de novembro.

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