Mundo

China espera relações normais com novo governo japonês

"China e Japão são importantes vizinhos, e uma relação sadia entre ambos é fundamental", destacou a porta-voz de Relações Exteriores chinesa, Hua Chunying


	Shinzo Abe: Pequim e Tóquio vivem um momento de tensas tensões por causa das ilhas Diaoyu/Senkaku
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Shinzo Abe: Pequim e Tóquio vivem um momento de tensas tensões por causa das ilhas Diaoyu/Senkaku (Yoshikazu Tsuno/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 14h06.

Pequim - O governo da China expressou nesta quarta-feira seu desejo de que o novo governo japonês, com Shinzo Abe à frente, "faça voltar à normalidade as relações" entre as duas potências, no dia no qual o líder japonês tomou posse de seu cargo.

"China e Japão são importantes vizinhos, e uma relação sadia entre ambos é fundamental, por isso esperamos que a nova Administração japonesa chegue a um compromisso e faça esforços concretos para superar as dificuldades nos laços bilaterais", destacou a porta-voz de Relações Exteriores chinesa, Hua Chunying.

Pequim e Tóquio vivem um momento de tensas tensões por causa das ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada pela China há décadas.

O conflito já aflorou em outras épocas devido à especulação de que nas águas do arquipélago há grandes jazidas de hidrocarbonetos, mas neste ano aumentou em tensão pelo fato de que o governo japonês nacionalizou (adquiriu de um empresário japonês) três das ilhas em conflito.

Após isso, as incursões de navios e aviões chineses na região em conflito se multiplicaram, e a imprensa oficial do gigante asiático estuda inclusive a possibilidade de uma guerra pela soberania deste arquipélago desabitado.

Em relação a essas ilhas, a porta-voz reiterou hoje em sua entrevista coletiva que "são território inerente da China, e a China está decidida a defender sua soberania nacional", mas assegurou que Pequim "se compromete a resolver as disputas com seus vizinhos por meio de diálogo e negociação".

"O assunto urgente agora para o Japão é mostrar sinceridade e tomar ações concretas para superar a situação e melhorar as relações bilaterais", declarou Hua, que também pediu a Tóquio que "se mantenha no caminho do desenvolvimento pacífico e desempenhe um papel construtivo na paz da Ásia". 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Biden promete "ir fundo" em investigação após demissão de diretora do Serviço Secreto

"Yes, we Kam" surge como lema da campanha de Kamala

Diretora do Serviço Secreto renuncia ao cargo depois de atentado contra Trump

Singapura é a cidade mais segura para turistas; veja o ranking

Mais na Exame