China eleva orçamento de defesa em 11,2%
Foi revelado o primeiro orçamento da Defesa desde que o presidente dos Estados Unidos lançou uma política "pivô" para reforçar a influência norte-americana na Ásia
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2012 às 11h52.
Pequim - A China vai aumentar seu gasto militar em 11,2 por cento neste ano, afirmou neste domingo o governo, revelando o primeiro orçamento da Defesa do país desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma política "pivô" para reforçar a influência norte-americana na Ásia e no Pacífico.
A elevação anunciada pelo porta-voz do Parlamento, Li Zhaoxing, vai levar os gastos oficiais com o Exército a 670,3 bilhões de iuans (110 bilhões de dólares) em 2012, após um aumento de 12,7 por cento no ano passado e uma série quase perfeita de crescimentos de dois dígitos nos últimos 20 anos.
Especialistas internacionais apostam que o orçamento público de Pequim é menor do que o gasto real em modernização militar, o que enervou os vizinhos asiáticos e causou repetidos apelos de Washington para que a China compartilhe mais sobre as suas intenções.
Li afirmou que o mundo não tem nada a temer, e que os recursos gastos são baixos em relação ao Pentágono.
"Você pode ver que temos 1,3 bilhão de pessoas, um grande território e uma longa costa, mas nossos gastos de Defesa são pequenos se comparados aos de outros grandes países", afirmou Li em coletiva de imprensa antes da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, a legislatura controlada pelo Partido Comunista e que vai aprovar o orçamento.
"O limitado poder militar da China tem o fim de preservar a soberania nacional, a segurança e a integridade do território", afirmou Li, ex-ministro das Relações Exteriores. "Fundamentalmente, não há ameaças para outros países." Os vizinhos asiáticos, contudo, estão apreensivos com a expansão militar de Pequim, e esse novo aumento de dois dígitos pode reforçar as preocupações no Japão, na Índia, no Sudeste Asiático e em Taiwan, que tem sua própria administração, mas que a China considera parte do seu território.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou assegurar aos seus aliados asiáticos que os Estados Unidos continuarão sendo importantes na região, e o Pentágono afirmou que vai "rebalancear a região da Ásia-Pacífico".
"Onze por cento para o orçamento de defesa da China é o que eu caracterizaria como um aumento relativamente considerável", disse C. Uday Bhaskar, ex-diretor do Instituto Indiano para Estudos de Defesa e Análises, em Nova Délhi.
O orçamento norte-americano proposto por Obama para o ano fiscal de 2013 prevê ao Pentágono de 525,4 bilhões de dólares, cerca de 5,1 bilhões de dólares a menos do que o aprovado para 2012.
Pequim - A China vai aumentar seu gasto militar em 11,2 por cento neste ano, afirmou neste domingo o governo, revelando o primeiro orçamento da Defesa do país desde que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lançou uma política "pivô" para reforçar a influência norte-americana na Ásia e no Pacífico.
A elevação anunciada pelo porta-voz do Parlamento, Li Zhaoxing, vai levar os gastos oficiais com o Exército a 670,3 bilhões de iuans (110 bilhões de dólares) em 2012, após um aumento de 12,7 por cento no ano passado e uma série quase perfeita de crescimentos de dois dígitos nos últimos 20 anos.
Especialistas internacionais apostam que o orçamento público de Pequim é menor do que o gasto real em modernização militar, o que enervou os vizinhos asiáticos e causou repetidos apelos de Washington para que a China compartilhe mais sobre as suas intenções.
Li afirmou que o mundo não tem nada a temer, e que os recursos gastos são baixos em relação ao Pentágono.
"Você pode ver que temos 1,3 bilhão de pessoas, um grande território e uma longa costa, mas nossos gastos de Defesa são pequenos se comparados aos de outros grandes países", afirmou Li em coletiva de imprensa antes da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, a legislatura controlada pelo Partido Comunista e que vai aprovar o orçamento.
"O limitado poder militar da China tem o fim de preservar a soberania nacional, a segurança e a integridade do território", afirmou Li, ex-ministro das Relações Exteriores. "Fundamentalmente, não há ameaças para outros países." Os vizinhos asiáticos, contudo, estão apreensivos com a expansão militar de Pequim, e esse novo aumento de dois dígitos pode reforçar as preocupações no Japão, na Índia, no Sudeste Asiático e em Taiwan, que tem sua própria administração, mas que a China considera parte do seu território.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, procurou assegurar aos seus aliados asiáticos que os Estados Unidos continuarão sendo importantes na região, e o Pentágono afirmou que vai "rebalancear a região da Ásia-Pacífico".
"Onze por cento para o orçamento de defesa da China é o que eu caracterizaria como um aumento relativamente considerável", disse C. Uday Bhaskar, ex-diretor do Instituto Indiano para Estudos de Defesa e Análises, em Nova Délhi.
O orçamento norte-americano proposto por Obama para o ano fiscal de 2013 prevê ao Pentágono de 525,4 bilhões de dólares, cerca de 5,1 bilhões de dólares a menos do que o aprovado para 2012.