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China e Mercosul se comprometem com cooperação econômica

A declaração foi assinada nesta sexta-feira na cidade argentina de Mendoza, no marco da cúpula semestral do bloco sul-americano

Premiê Wen Jiabao: proposta publicada na segunda-feira passada de começar a explorar a possibilidade de criar uma área de livre-comércio entre as duas partes (Feng Li/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 20h37.

Mendoza - China e Mercosul assinaram nesta sexta-feira uma declaração conjunta na qual se comprometem a fortalecer a cooperação econômica e a atingir trocas comerciais de US$ 200 bilhões para 2016.

A declaração foi assinada nesta sexta-feira na cidade argentina de Mendoza, no marco da cúpula semestral do bloco sul-americano integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - país suspenso na união até abril de 2013 - e ao qual a Venezuela será incorporada de forma definitiva no final de julho.

A assinatura deste documento foi impulsionada pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em uma recente visita pelo Brasil, Argentina e Uruguai.

A declaração não contém, no entanto, a proposta de Wen publicada na segunda-feira passada de começar a explorar a possibilidade de criar uma área de livre-comércio entre as duas partes.

Mercosul e China decidiram convocar uma reunião de representantes governamentais para, entre outros objetivos, ''explorar conjuntamente mecanismos e ações tendentes a aumentar e facilitar as trocas comerciais''.

Ambas as partes enfatizaram ''a importância da cooperação econômica e comercial bilateral e expressam sua vontade de continuar impulsionando-a, por meio da adoção de medidas conjuntas destinadas a diversificar a estrutura do comércio e a aumentar, de forma equilibrada, os fluxos da troca comercial entre China e cada um dos Estados-membros do Mercosul''.


''Para tal efeito, as duas partes se esforçarão para alcançar em 2016 uma troca comercial de US$ 200 bilhões'', especifica a declaração.

Em 2011, as exportações da China para o Mercosul atingiram US$ 48,451 bilhões, 34,5% a mais que em 2010, enquanto as importações foram de US$ 51,033 bilhões, uma alta anualizada de 37,9%.

Embora o balanço seja superavitário para o Mercosul, isto se deve à incidência do volume de comércio da China com o Brasil, pois os outros três membros do bloco tiveram déficit em seu comércio com o gigante asiático em 2011.

China e Mercosul também se comprometeram a fomentar os investimentos recíprocos, a cooperação financeira e a colaboração no âmbito comercial multilateral.

As partes expressaram sua ''preocupação pelas dificuldades que enfrenta a Rodada de Doha e coincidem sobre a necessidade de ratificar seu mandato focado no desenvolvimento e de continuar as negociações tendentes a alcançar um acordo ambicioso, integral e equilibrado que contemple os interesses e as necessidades dos países em desenvolvimento, em particular no setor agrícola''.

Além disso, se mostraram preocupados ''pela incerteza e insegurança gerada pela atual situação econômica mundial resultante da crise com epicentro nas economias desenvolvidas''.

''Em tal sentido, decidiram coordenar esforços para enfrentar o protecionismo comercial, particularmente do setor agrícola, salvaguardando a previsibilidade do sistema comercial multilateral'', assinala a declaração.

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Mendoza - China e Mercosul assinaram nesta sexta-feira uma declaração conjunta na qual se comprometem a fortalecer a cooperação econômica e a atingir trocas comerciais de US$ 200 bilhões para 2016.

A declaração foi assinada nesta sexta-feira na cidade argentina de Mendoza, no marco da cúpula semestral do bloco sul-americano integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - país suspenso na união até abril de 2013 - e ao qual a Venezuela será incorporada de forma definitiva no final de julho.

A assinatura deste documento foi impulsionada pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, em uma recente visita pelo Brasil, Argentina e Uruguai.

A declaração não contém, no entanto, a proposta de Wen publicada na segunda-feira passada de começar a explorar a possibilidade de criar uma área de livre-comércio entre as duas partes.

Mercosul e China decidiram convocar uma reunião de representantes governamentais para, entre outros objetivos, ''explorar conjuntamente mecanismos e ações tendentes a aumentar e facilitar as trocas comerciais''.

Ambas as partes enfatizaram ''a importância da cooperação econômica e comercial bilateral e expressam sua vontade de continuar impulsionando-a, por meio da adoção de medidas conjuntas destinadas a diversificar a estrutura do comércio e a aumentar, de forma equilibrada, os fluxos da troca comercial entre China e cada um dos Estados-membros do Mercosul''.


''Para tal efeito, as duas partes se esforçarão para alcançar em 2016 uma troca comercial de US$ 200 bilhões'', especifica a declaração.

Em 2011, as exportações da China para o Mercosul atingiram US$ 48,451 bilhões, 34,5% a mais que em 2010, enquanto as importações foram de US$ 51,033 bilhões, uma alta anualizada de 37,9%.

Embora o balanço seja superavitário para o Mercosul, isto se deve à incidência do volume de comércio da China com o Brasil, pois os outros três membros do bloco tiveram déficit em seu comércio com o gigante asiático em 2011.

China e Mercosul também se comprometeram a fomentar os investimentos recíprocos, a cooperação financeira e a colaboração no âmbito comercial multilateral.

As partes expressaram sua ''preocupação pelas dificuldades que enfrenta a Rodada de Doha e coincidem sobre a necessidade de ratificar seu mandato focado no desenvolvimento e de continuar as negociações tendentes a alcançar um acordo ambicioso, integral e equilibrado que contemple os interesses e as necessidades dos países em desenvolvimento, em particular no setor agrícola''.

Além disso, se mostraram preocupados ''pela incerteza e insegurança gerada pela atual situação econômica mundial resultante da crise com epicentro nas economias desenvolvidas''.

''Em tal sentido, decidiram coordenar esforços para enfrentar o protecionismo comercial, particularmente do setor agrícola, salvaguardando a previsibilidade do sistema comercial multilateral'', assinala a declaração.

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