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China cria órgão para atrair estrangeiros, dizem fontes

A China está criando seu primeiro escritório de imigração, com o objetivo de buscar talentos estrangeiros, dizem fontes

China: órgão pode começar a operar antes do final do ano, disseram as fontes (Toby Melville / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 16h34.

A China está criando seu primeiro escritório de imigração, segundo pessoas informadas sobre os planos.

O presidente Xi Jinping procura talentos estrangeiros para ajudar a impulsionar a transição de uma economia liderada por gasto dos consumidores e inovação.

O ministro de segurança pública, Guo Shengkun, que também é conselheiro de Estado, revelou a medida no início do ano em reunião interna sobre uma reformulação mais ampla dos serviços de segurança interna, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos não são públicos.

O órgão seria criado com a fusão e a expansão dos departamentos de controle de fronteira e de administração de entradas e saídas do ministério e pode começar a operar antes do final do ano, disseram as pessoas.

Este é o sinal mais recente de que a China considera que o recrutamento de trabalhadores estrangeiros é uma forma de ajudar a acabar com sua dependência da manufatura e dos investimentos e evitar a “armadilha da renda média” que estagnou economias em desenvolvimento da Ásia à América do Sul.

Quase quatro décadas depois de Deng Xiaoping iniciar a abertura da China para o mundo, cerca de 600.000 estrangeiros moram no país de governo comunista, uma pequena fração de sua população de quase 1,4 bilhão de habitantes.

O Japão, como comparação, tem 2,17 milhões de estrangeiros.

“A China não precisou fazer isso nas últimas décadas porque tinha um crescimento de dois dígitos simplesmente desfrutando do dividendo demográfico”, disse Wang Huiyao, presidente do Centro para a China e a Globalização, um centro de pesquisa que assessora o governo.

“Mas agora o país precisa de um novo dividendo de talento estrangeiro para ajudar a respaldar o crescimento econômico”.

O Ministério de Segurança Pública não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax. Na segunda-feira, o Ministério anunciou 16 medidas para agilizar os pedidos de residência permanente e outras aprovações para trabalhadores estrangeiros qualificados na zona de livre comércio de Guangdong, o motor industrial do sul da China, que faz fronteira com Hong Kong, reportou a agência oficial de notícias Xinhua.

Além de precisar de especialistas, o país enfrenta um aperto demográfico de longo prazo devido ao envelhecimento populacional.

No ano passado, o governo substituiu sua política de filho único por um limite de dois filhos depois que a população em idade ativa diminuiu pela primeira vez em duas décadas.

Não está claro de que forma, exatamente, o novo escritório de imigração chinês tentaria atrair estrangeiros.

Apesar de Xi ter defendido um aumento geral do intercâmbio internacional de talentos, suas declarações públicas se concentraram nos chineses que vivem no exterior, em particular aqueles que deixaram o país para estudar e nunca retornaram.

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A China está criando seu primeiro escritório de imigração, segundo pessoas informadas sobre os planos.

O presidente Xi Jinping procura talentos estrangeiros para ajudar a impulsionar a transição de uma economia liderada por gasto dos consumidores e inovação.

O ministro de segurança pública, Guo Shengkun, que também é conselheiro de Estado, revelou a medida no início do ano em reunião interna sobre uma reformulação mais ampla dos serviços de segurança interna, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos não são públicos.

O órgão seria criado com a fusão e a expansão dos departamentos de controle de fronteira e de administração de entradas e saídas do ministério e pode começar a operar antes do final do ano, disseram as pessoas.

Este é o sinal mais recente de que a China considera que o recrutamento de trabalhadores estrangeiros é uma forma de ajudar a acabar com sua dependência da manufatura e dos investimentos e evitar a “armadilha da renda média” que estagnou economias em desenvolvimento da Ásia à América do Sul.

Quase quatro décadas depois de Deng Xiaoping iniciar a abertura da China para o mundo, cerca de 600.000 estrangeiros moram no país de governo comunista, uma pequena fração de sua população de quase 1,4 bilhão de habitantes.

O Japão, como comparação, tem 2,17 milhões de estrangeiros.

“A China não precisou fazer isso nas últimas décadas porque tinha um crescimento de dois dígitos simplesmente desfrutando do dividendo demográfico”, disse Wang Huiyao, presidente do Centro para a China e a Globalização, um centro de pesquisa que assessora o governo.

“Mas agora o país precisa de um novo dividendo de talento estrangeiro para ajudar a respaldar o crescimento econômico”.

O Ministério de Segurança Pública não respondeu a um pedido de comentário enviado por fax. Na segunda-feira, o Ministério anunciou 16 medidas para agilizar os pedidos de residência permanente e outras aprovações para trabalhadores estrangeiros qualificados na zona de livre comércio de Guangdong, o motor industrial do sul da China, que faz fronteira com Hong Kong, reportou a agência oficial de notícias Xinhua.

Além de precisar de especialistas, o país enfrenta um aperto demográfico de longo prazo devido ao envelhecimento populacional.

No ano passado, o governo substituiu sua política de filho único por um limite de dois filhos depois que a população em idade ativa diminuiu pela primeira vez em duas décadas.

Não está claro de que forma, exatamente, o novo escritório de imigração chinês tentaria atrair estrangeiros.

Apesar de Xi ter defendido um aumento geral do intercâmbio internacional de talentos, suas declarações públicas se concentraram nos chineses que vivem no exterior, em particular aqueles que deixaram o país para estudar e nunca retornaram.

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