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China concede isenção de visto para Brasil e países sul-americanos

Acordo começa em 1º de junho e vale por um ano, beneficiando cinco das maiores economias da América Latina

Visto chinês: isenção abrange qualquer viagens dentro do período de 30 dias (Leandro Fonseca/Exame)

Visto chinês: isenção abrange qualquer viagens dentro do período de 30 dias (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 15 de maio de 2025 às 11h01.

Última atualização em 15 de maio de 2025 às 11h10.

A China anunciou que vai isentar cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai da exigência de visto para viagens de até 30 dias, em um movimento que coloca os países sul-americanos em condição semelhante a países europeus e asiáticos.

O acordo começa a valer em 1º de junho e terá duração de um ano, segundo comunicado do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, nesta quinta-feira, 15.

A medida ocorre após fórum realizado em Pequim entre autoridades chinesas, latino-americanas e caribenhas, no qual o presidente Xi Jinping prometeu ampliar a presença econômica da China na região, com uma linha de crédito de US$ 9 bilhões e novos investimentos em infraestrutura.

Essa decisão elimina uma barreira para turistas e empresários, já que o processo para obter visto chinês costumava ser complexo e oneroso, com taxa média de R$ 475.

A isenção para os cinco países sul-americanos cobre o dobro do tempo permitido a visitantes europeus, que têm 15 dias de permanência livre desde 2023.

O anúncio ocorreu um dia após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, onde participou do Fórum Celac-China, evento que reforçou os laços políticos e econômicos da China com a América Latina.

Contexto da isenção

Em dezembro de 2023, a China já havia flexibilizado a entrada de brasileiros para viagens em trânsito, permitindo permanência de até dez dias sem visto, desde que o viajante seguisse para outro país após a estadia chinesa. Agora, a isenção abrange qualquer viagem dentro do período de 30 dias, sem restrições de continuidade.

Não houve acordo de reciprocidade, e cidadãos chineses continuam precisando de visto para entrar no Brasil.

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