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China censura informações sobre inundações em Pequim

O chefe da propaganda em Pequim ordenou aos meios de comunicação que se limitem às boas notícias sobre as inundações que deixaram ao menos 37 mortos no fim de semana

Equipes de resgate no sul da China: chefe da propaganda em Pequim ordenou aos meios de comunicação que se limitem às boas notícias sobre as inundações (Str/AFP)

Equipes de resgate no sul da China: chefe da propaganda em Pequim ordenou aos meios de comunicação que se limitem às boas notícias sobre as inundações (Str/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 10h14.

Pequim - O chefe da propaganda em Pequim, Lu Wei, ordenou aos meios de comunicação que se limitem às boas notícias em relação às inundações que deixaram ao menos 37 mortos no fim de semana na capital da China, o que provocou nesta terça-feira uma onda de críticas.

Lu intimou a imprensa a reportar apenas "os acontecimentos que mereçam elogios e as lágrimas dos leitores", tais como atos heroicos dos serviços de socorro ou de certos habitantes, assegurou nesta terça-feira o jornal Jinghua Shibao.

Várias dessas mortes poderiam ter sido evitadas se houvessem sido dados alertas à população ou fossem implementados sistemas de evacuação mais modernos, afirmam os habitantes de Pequim, que expressam sua revolta ante o ocorrido através de populares microblogs na China.

Nesta terça-feira, no entanto, censores se encontravam claramente atarefados eliminando os comentários mais críticos dos microblogs.

A maioria dos microblogs censurados nos últimos dias na China foram precisamente os dedicados às inundações em Pequim, afirmou David Bandurski, especialista no uso da internet na China e residente em Hong Kong.

Habitantes de Fangshan, um bairro montanhoso situado a sudoeste de Pequim, se queixaram para a AFP pela falta de ajuda oferecida pelas autoridades para encontrar as pessoas que continuam desaparecidas.

O jornal China Daily, publicado em inglês e dirigido basicamente a estrangeiros, admitiu em um editorial que o sistema de evacuação deixa muito a desejar.

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