Mundo

China barra posse de políticos pró-independência de Hong Kong

Congresso Nacional determinou que os parlamentares eleitos devem jurar lealdade a Hong Kong como parte da China

Bandeira da China: tribunal de Hong Kong ainda precisa opinar sobre o caso, levando o veredicto de Pequim em consideração (Getty Images)

Bandeira da China: tribunal de Hong Kong ainda precisa opinar sobre o caso, levando o veredicto de Pequim em consideração (Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 09h18.

Pequim / Hong Kong- O Congresso da China aprovou nesta segunda-feira uma medida que na prática impede a posse de dois políticos pró-independência de Hong Kong, na intervenção mais direta de Pequim sobre o sistema legal e político do território desde que este foi devolvido ao controle chinês em 1997.

O Congresso Nacional do Povo, em Pequim, determinou que os parlamentares eleitos devem jurar lealdade a Hong Kong como parte da China e que os candidatos serão desclassificados se alterarem o palavreado de seu juramento de posse ou se não o fizerem de maneira sincera e solene.

A perspectiva criada pela medida desencadeou protestos na ex-colônia britânica no domingo. Os diplomatas estrangeiros estão observando atentamente o cenário e ressaltaram a importância do estado de direito na reputação internacional da cidade.

Embora a decisão polêmica efetivamente impeça a posse dos dois políticos separatistas, um tribunal da metrópole administrada pela China ainda precisa opinar sobre o caso, levando o veredicto de Pequim em consideração.

A promoção da independência é um tabu há muito tempo em Hong Kong, governada segundo o princípio "um país, dois sistemas" desde 1997 devido aos temores de Pequim de que a causa entusiasme outros ativistas e coloque em questão o domínio do governo central.

Acompanhe tudo sobre:ChinaGovernoHong KongPolítica

Mais de Mundo

Trump x Harris: casas de aposta dos EUA mostram republicano com 60% de chances de vencer

Milhões de venezuelanos no exterior não poderão votar devido a obstáculos do governo

Nicolás Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser 'assassina de aluguel'

Eleições Venezuela: após Maduro falar em "banho de sangue", González Urrutia agradece Lula por apoio

Mais na Exame