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China acusa EUA por tensões na Ásia-Pacífico

Páis fez uma mal disfarçada crítica aos Estados Unidos por aumentarem as tensões ao reforçarem sua presença militar na região

Soldados sul-coreanos de uma unidade de artilharia: Pequim vê com inquietação aquilo que Washington descreve como um "reequilíbrio" de forças na região (REUTERS / Kim Hong-Ji)
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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 10h59.

Pequim - O Ministério da Defesa chinês fez na terça-feira uma mal disfarçada crítica aos Estados Unidos por aumentarem as tensões na região da Ásia-Pacífico, ao reforçarem sua presença militar e suas alianças na região.

Pequim vê com inquietação aquilo que Washington descreve como um "reequilíbrio" de forças na região, num momento em que os norte-americanos encerram a guerra do Afeganistão e voltam suas atenções para o Extremo Oriente.

A China diz que essa política encorajou Japão, Filipinas e Vietnã a se tornarem mais assertivos em antigas disputas territoriais com Pequim.

Em um dossiê anual, o Ministério da Defesa disse que a China enfrenta "múltiplas e complicadas ameaças à segurança", apesar da sua crescente influência. O documento acrescenta que a estratégia dos EUA implica "mudanças profundas" para a Ásia.

"Há alguns países que estão fortalecendo suas alianças militares na Ásia-Pacífico, expandindo sua presença militar na região e frequentemente tornando mais tensa a situação por lá", disse o dossiê de 40 páginas, numa clara alusão aos EUA.

Tais ações "não estão de acordo com os desenrolares dos tempos que correm, e não são propícios para a manutenção da paz e da estabilidade regionais", disse o porta-voz ministerial Yang Yujun a jornalistas.


O Diário do Exército de Libertação Popular foi além, dizendo em um comentário que a China precisa reforçar suas defesas para lidar com a hostilidade ocidental.

"As forças ocidentais hostis intensificaram sua estratégia de ocidentalizar e dividir a China, e empregam todos os meios possíveis para conter e controlar o desenvolvimento do nosso país", disse o jornal.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, esteve há poucos dias na China, como parte de uma viagem à Ásia marcada por preocupações a respeito do programa nuclear norte-coreano. Na segunda-feira, ele defendeu a reorientação da política externa norte-americana.

Embora a China esteja irritada com o comportamento da aliada Coreia do Norte, que já realizou três testes nucleares e faz constantes ameaças a seus inimigos, Pequim também tem deixado claro que vê com preocupação as exibições de força dos EUA na Ásia, em resposta às atitudes de Pyongyang.

No mês passado, a China anunciou um aumento superior a 10 por cento nos seus gastos militares para 2013, atingindo o equivalente a 119 bilhões de dólares. O país está envolvido em disputas prolongadas e eventualmente agressivas com outros países pela posse de ilhas nos mares do Sul e Leste da China.

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Pequim - O Ministério da Defesa chinês fez na terça-feira uma mal disfarçada crítica aos Estados Unidos por aumentarem as tensões na região da Ásia-Pacífico, ao reforçarem sua presença militar e suas alianças na região.

Pequim vê com inquietação aquilo que Washington descreve como um "reequilíbrio" de forças na região, num momento em que os norte-americanos encerram a guerra do Afeganistão e voltam suas atenções para o Extremo Oriente.

A China diz que essa política encorajou Japão, Filipinas e Vietnã a se tornarem mais assertivos em antigas disputas territoriais com Pequim.

Em um dossiê anual, o Ministério da Defesa disse que a China enfrenta "múltiplas e complicadas ameaças à segurança", apesar da sua crescente influência. O documento acrescenta que a estratégia dos EUA implica "mudanças profundas" para a Ásia.

"Há alguns países que estão fortalecendo suas alianças militares na Ásia-Pacífico, expandindo sua presença militar na região e frequentemente tornando mais tensa a situação por lá", disse o dossiê de 40 páginas, numa clara alusão aos EUA.

Tais ações "não estão de acordo com os desenrolares dos tempos que correm, e não são propícios para a manutenção da paz e da estabilidade regionais", disse o porta-voz ministerial Yang Yujun a jornalistas.


O Diário do Exército de Libertação Popular foi além, dizendo em um comentário que a China precisa reforçar suas defesas para lidar com a hostilidade ocidental.

"As forças ocidentais hostis intensificaram sua estratégia de ocidentalizar e dividir a China, e empregam todos os meios possíveis para conter e controlar o desenvolvimento do nosso país", disse o jornal.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, esteve há poucos dias na China, como parte de uma viagem à Ásia marcada por preocupações a respeito do programa nuclear norte-coreano. Na segunda-feira, ele defendeu a reorientação da política externa norte-americana.

Embora a China esteja irritada com o comportamento da aliada Coreia do Norte, que já realizou três testes nucleares e faz constantes ameaças a seus inimigos, Pequim também tem deixado claro que vê com preocupação as exibições de força dos EUA na Ásia, em resposta às atitudes de Pyongyang.

No mês passado, a China anunciou um aumento superior a 10 por cento nos seus gastos militares para 2013, atingindo o equivalente a 119 bilhões de dólares. O país está envolvido em disputas prolongadas e eventualmente agressivas com outros países pela posse de ilhas nos mares do Sul e Leste da China.

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