Incêndios: atualmente existem 63 focos, dos quais 16 se encontram ativos e 47 controlados, nas regiões de Valparaíso, O"Higgins, Maule, Bío-Bío e La Araucanía (REUTERS/Cristobal Saavedra)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 17h50.
Santiago - O governo do Chile solicitou nesta sexta-feira ajuda de diversos países, incluindo o Brasil, para eliminar os 63 focos de incêndios que afetam quatro regiões do centro e do sul do país e que já atingiram um total de 4.981 hectares de vegetação.
O diretor nacional interino do Escritório Nacional de Emergência (Onemi), vinculado ao Ministério do Interior e Segurança Pública, Guillermo Maza, informou aos jornalistas que o governo está em contato com o Brasil para prestar socorro ao Chile caso seja necessário.
"O Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Defesa já fizeram as gestões necessárias para ter uma reserva operacional com recursos brasileiros", sustentou Maza.
A Argentina também foi acionada. O país enviará aviões para o combate das chamas.
"Esperamos que o mais tardar amanhã de manhã tenhamos a participação de mais aeronaves, principalmente aviões de turbina, que possam operar em incêndios mais complexos", disse Maza após a reunião do Comitê Nacional de Operações de Emergência que aconteceu ao meio-dia em Santiago.
Segundo informações da entidade, atualmente existem 63 focos, dos quais 16 se encontram ativos e 47 controlados, nas regiões de Valparaíso, O"Higgins, Maule, Bío-Bío e La Araucanía. A situação mais grave é a de Bío-Bío, no sul do Chile, onde três focos consumiram mais de 3 mil hectares, mas atualmente estão "contidos e afetam apenas zonas florestais".
As províncias de Arauco e Concepción estão em alerta vermelho desde a última segunda-feira e a região de Bío-Bío desde quarta-feira.
Perante estas circunstâncias, o diretor-executivo da Corporação Nacional Florestal (Conaf), Aarón Cavieres, recomendou que a população redobre as precauções.
"É importante não jogar cigarros, fósforos, fazer fogueiras ou usar maquinaria que possa gerar faíscas para evitar qualquer possibilidade de fazer fogo durante estes dias por conta das condições que são muito propicias para começar um incêndio", advertiu o diretor.
A maior quantidade de incêndios no país com relação ao ano passado é outro fator que Cavieres ressaltou. Ele apontou que apesar do aumento, atualmente existe "55% menos superfície queimada do que em 2014", o que, segundo sua opinião, mostra que os incêndios foram controlados com mais rapidez.
De um ano para o outro, o país aumento o estoque de equipamento de combate aos incêndios, e agora dispõe de 11 helicópteros.