Evelyn Matthei, candidata governista à presidência do Chile, filha do ex-general da Aeronáutica Fernando Matthei: segundo investigações da defesa, Matthei se encontrava fora do país por ocasião da morte do ex-general Bachelet (Francesco Degasperi/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2013 às 12h54.
Santiago - Um juiz chileno negou-se a processar Fernando Matthei, ex-general da Aeronáutica e pai da candidata governista à presidência, Evelyn Matthei, como autor ou cúmplice da morte do pai da candidata de oposição e ex-presidente Michelle Bachelet.
"Não há lugar para o processo solicitado", afirmou o juiz Mario Carroza em resposta ao pedido apresentado em 26 de julho para processar Matthei pela morte do ex-general Alberto Bachelet devido a torturas em 1974, depois da instaurada a ditadura de Augusto Pinochet.
O advogado, representante do Grupo de Executados Políticos, apresentou o pedido com base em antecedentes que resultaram numa acareação entre o ex-general Mattehi e outros ex-oficiais sobre a morte de Bachelet ocorrida na Academia de Guera, que era comandada pelo pai de Evelyn.
Segundo investigações da defesa, Matthei se encontrava fora do país por ocasião da morte do ex-general Bachelet.
Matthei, que fez parte da junta militar do governo Pinochet, é pai de Evelyn Matthei, candidata governista para as eleições de 17 de novembro.
Já Michelle Bachelet esclareceu que sua família, apesar de não ter solicitado a investigação do caso, gostaria de conhecer a verdade sobre a morte de seu pai.