Michelle Bachelet: a construção da ponte tinha sido proposta originalmente em 2005 pelo governo de Lagos, mas depois foi suspensa durante o primeiro mandato de Bachelet (Martin Bernetti/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 16h37.
Santiago do Chile - O Chile iniciará em fevereiro de 2015 a construção de uma ponte pênsil de 2.750 metros sobre o Canal de Chacao, considerado o mais longo da América Latina, que unirá o continente com a ilha Chiloé, informou o governo nesta quarta-feira.
A obra, com um investimento de US$ 680 milhões, será levantada por um consórcio integrado pela brasileira OAS, junto com a sul-coreana Hyundai, a francesa Systra e a norueguesa Aas-Jakobsen, que venceu a licitação do projeto em dezembro do ano passado após fazer a única oferta.
"Durante este prazo entre hoje e 15 de fevereiro de 2015 vamos trabalhar no projeto de engenharia definitivo e em todos os outros aspectos necessários para levar adiante esta obra", declarou a ministra de Obras Públicas, Loreto Silva.
Silva se reuniu hoje com autoridades da região de Los Lagos, onde a ponte será construída, junto com representantes do consórcio que realizará a obra, para entregar detalhes do projeto a autoridades locais.
A edificação da ponte, que contará com três pilares de quase 200 metros de altura, deveria terminar em abril de 2020, para entrar em operação em julho do mesmo ano.
A união entre Chile continental e a ilha Chiloé, cerca de 1.100 quilômetros ao sul de Santiago, é um desejo antigo de seus moradores, que até hoje precisam atravessar o canal em navios e outro tipo de embarcações.
A construção da ponte tinha sido proposta originalmente em 2005 pelo governo de Ricardo Lagos, mas depois foi suspensa durante o primeiro mandato de Michelle Bachelet devido a seu alto custo.
Durante a Administração de Sebastián Piñera a iniciativa foi retomada e Bachelet, que assumirá novamente a presidência em 11 de março, se comprometeu a concluí-la.