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Chile: governo aceita parcialmente proposta de estudantes para diálogo

Os projetos consistem em rebaixar de 5,6% para 2% os juros do crédito privado ao qual recorrem hoje os universitários para pagar as mensalidades

Porta-voz do Governo, Andrés Chadwick, assegurou, por sua vez, que "o ânimo do presidente é muito positivo para a reunião com os estudantes" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 22h09.

Santiago - O governo chileno anunciou nesta quinta-feira que aceita parcialmente as condições exigidas pelos estudantes para iniciar uma mesa de diálogo que destrave um conflito que se estende há quatro meses, e convocou os manifestantes a negociar o quanto antes.

Ao responder publicamente a uma "contraproposta" de diálogo entregue na segunda-feira pelos estudantes, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, anunciou que a principal das quatro exigências impostas foi rejeitada: paralisar a tramitação de dois projetos de lei sobre educação enviados ao Congresso.

"Não acreditamos que devemos paralisar a tramitação de projetos que beneficiam mais de 500.000 pessoas", disse Bulnes.

Os projetos consistem em rebaixar de 5,6% para 2% os juros do crédito privado ao qual recorrem hoje os universitários para pagar as mensalidades, e permitir a renegociação da dívida para cerca de 110.000 estudantes inadimplentes.

O Executivo, disse Bulnes, também não está disposto a adaptar o calendário escolar e universitário para que os estudantes possam recuperar as aulas perdidas durante as manifestações.

O governo afirmou que fará atas públicas da negociação e disse que aumentará a fiscalização sobre a entrega de recursos estatais a universidades privadas que obtiverem lucros, o que é proibido por lei, mas é burlado por uma série de brechas legais.

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Ao responder publicamente a uma "contraproposta" de diálogo entregue na segunda-feira pelos estudantes, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, anunciou que a principal das quatro exigências impostas foi rejeitada: paralisar a tramitação de dois projetos de lei sobre educação enviados ao Congresso.

"Não acreditamos que devemos paralisar a tramitação de projetos que beneficiam mais de 500.000 pessoas", disse Bulnes.

Os projetos consistem em rebaixar de 5,6% para 2% os juros do crédito privado ao qual recorrem hoje os universitários para pagar as mensalidades, e permitir a renegociação da dívida para cerca de 110.000 estudantes inadimplentes.

O Executivo, disse Bulnes, também não está disposto a adaptar o calendário escolar e universitário para que os estudantes possam recuperar as aulas perdidas durante as manifestações.

O governo afirmou que fará atas públicas da negociação e disse que aumentará a fiscalização sobre a entrega de recursos estatais a universidades privadas que obtiverem lucros, o que é proibido por lei, mas é burlado por uma série de brechas legais.

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