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Chile deve estar preparado para terremotos, diz ministro

O Chile é um país sísmico, sempre temos que estar preparados para reagir diante deste tipo de emergência natural, declarou ministro


	Local afetado por terremoto no Chile: terremoto que sacudiu o norte do país causou seis mortes e graves danos materiais
 (Cristian Vivero /Reuters)

Local afetado por terremoto no Chile: terremoto que sacudiu o norte do país causou seis mortes e graves danos materiais (Cristian Vivero /Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 14h54.

Santiago - "O Chile é um país sísmico, sempre temos que estar preparados para reagir diante deste tipo de emergência natural", declarou nesta quarta-feira à Agência Efe o ministro secretário-geral de governo, Álvaro Elizalde, um dia após o terremoto que sacudiu o norte do país e causou seis mortes e graves danos materiais.

"Há seis pessoas falecidas, é um fato lamentável, expressamos nossa solidariedade a todos os seus familiares", declarou Elizalde, que disse que "foi decretado estado de exceção com o objetivo de restabelecer os serviços básicos na região e recuperar o estado de normalidade".

Às 20h46 locais (mesmo horário em Brasília), um terremoto de magnitude 8,2 com epicentro a 85 quilômetros a sudeste de Cuya afetou as regiões de Antofagasta, Arica e Parinacota, no extremo norte do país.

Imediatamente, as autoridades deram ordem de evacuação válida a todo o litoral, de 5.300 quilômetros de extensão, devido ao risco de tsunami.

A presidente Michelle Bachelet suspendeu todas as atividades oficiais previstas para esta quarta-feira e viajou aos lugares afetados junto com vários de seus ministros "para obter a informação em campo e adotar as decisões correspondentes", explicou o ministro porta-voz em entrevista à Agencia Efe.

Elizalde ressaltou que "há completa normalidade para os voos que estão chegando ao país" e acrescentou que "só foram suspensos os voos para as cidades do extremo norte".

O ministro ressaltou que "o povo respondeu de forma muito boa" em relação ao alerta de tsunami emitido pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi).

"Isso mostra a cultura cívica estabelecida para lidar com este tipo de catástrofe", enfatizou Álvaro Elizalde, que também destacou que ontem a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o presidente do Peru, Ollanta Humala, chamaram Bachelet para lhe manifestar apoio.

Além disso, o embaixador do Brasil, Georges Lamazière, entrou em contato com o vice-chanceler chileno, Edgardo Riveros.

Perguntado sobre se o país está preparado para fazer frente a um terremoto destas dimensões, o ministro afirmou que o "Chile tem uma construção antissísmica que respondeu de excelente forma".


"De fato, um terremoto de características similares teria produzido muito mais dano em um país que não tivesse o tipo de construção que existe no Chile", detalhou.

Quanto aos protocolos para avisar a população e detectar os riscos, o ministro respondeu que "terá que ser feita uma avaliação sobre como funcionaram".

"Temos que melhorar dia a dia os padrões que existem nesta matéria", reconheceu.

Em fevereiro, pouco antes do fim do mandato presidencial de Sebastián Piñera, o governo fez um balanço do processo de reconstrução do terremoto ocorrido quatro anos antes e garantiu que os mecanismos e equipes de alerta preventivo em caso de terremoto e tsunami estavam plenamente operacionais.

No entanto, na noite de ontem, as sirenes autônomas (não conectadas à rede elétrica) não soaram na cidade de Iquique devido à licitação deste serviço estar paralisada há um ano.

A respeito, o ministro porta-voz comentou que "a avaliação específica sobre como os sistemas funcionaram terá que ser analisada nos próximos dias".

Elizalde também se referiu ao decreto que a presidente chilena assinou ontem à noite para declarar zona de catástrofe as regiões de Arica, Parinacota e Tarapacá, no extremo norte do país.

Ao contrário do ocorrido no terremoto de 2010, quando Bachelet também estava no poder, desta vez o governante tomou imediatamente a decisão de recorrer às forças armadas para resguardar a ordem pública e evitar saques.

Naquela ocasião, a oposição de direita criticou Bachelet por assinar o decreto dois dias depois da catástrofe, quando já tinham ocorrido graves desmandos.

"O decreto foi estabelecido com base na avaliação que se dispunha ontem à noite com o objetivo de restabelecer os serviços básicos e que a normalidade voltasse o mais rápido possível", esclareceu o porta-voz do governo.

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