Chile, Colômbia e Peru não vão à reunião de apoio a Morales
Chile, Colômbia e Peru não participam nesta quinta da reunião na Bolívia na qual líderes sul-americanos apoiarão o presidente Evo Morales pelo ocorrido na Europa
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 19h44.
Lima - Chile, Colômbia e Peru não participam nesta quinta-feira da reunião extraordinária na Bolívia na qual líderes sul-americanos darão pessoalmente apoio ao presidente Evo Morales pelo ocorrido em uma viagem para a Europa, deixando à mostra as diferenças ideológicas na região.
A reunião foi convocada pela Secretaria-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para expressar sua indignação pela humilhação sofrida por Morales na terça-feira, quando França e Portugal negaram permissão do avião do presidente em seu espaço aéreo por suspeitas de que levava a bordo o ex-prestador de serviços da inteligência norte-americana Edward Snowden.
A presidência do bloco de 12 nações, exercida pelo Peru, não obteve o quórum previsto para um cúpula de Chefes de Estado e de Governo, o que não impediu que os líderes de esquerda do Equador, Venezuela, Argentina e Uruguai insistissem no encontro, que também teria a participação do Surniname.
Fontes dos governos do Peru, Colômbia e Chile - mais moderados - disseram à Reuters que seus respectivos presidentes não estariam presente na reunião nesta quinta-feira, tampouco seus chanceleres.
No entanto, estes governo também expressaram seu apoio e solidariedade a Morales em comunicados públicos e repudiaram as ações de França e Portugal.
"Não se trata de uma reunião oficial da Unasul, por isso nem Humala nem um chanceler irão viajar", disse uma fonte peruana.
Já a fonte do Ministério das Relações Exteriores do Chile ressaltou que nem o presidente Sebastián Piñera nem o chanceler iriam participar porque a data não foi convocada pelo presidente da Unasul, "porque não houve quórum" e tinham compromissos já agendados.
Na Colômbia, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores usou os mesmos argumentos para explicar a ausência do presidente Juan Manuel Santos e seu ministro das Relações Exteriores.
Da mesma forma, no Brasil nem a presidente Dilma Rousseff nem seu chanceler viajaram, mas ela enviou seu assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.
"Nós expressamos a voz da presidente Dilma Rousseff, a nossa firme e forte condenação deste ato que foi considerado como uma provocação e eu acho que vai coordenar as nossas decisões, compartilhar aqui com os nossos países sul-americanos para este episódio nunca ser repetido", disse Garcia ao chegar a Cochabamba.
O tratamento dos países europeus com o primeiro presidente indígena da Bolívia irritou muitos de seus colegas da Unasul, que em comunicado expressou sua indignação com os acontecimentos qualificando os atos como "hostis e injustificáveis".
O governo de Morales culpou a Casa Branca pelo incidente, devido a pressões na Europa em torno do caso Snowden, acusado pelos Estados Unidos por divulgar a existência de um grande esquema de espionagem.
Snowden, 30 anos, está no limbo legal no aeroporto de Moscou à espera de respostas aos pedidos de asilo. Morales disse que seu governo estaria disposto a avaliar um pedido se o norte-americano fizesse ao seu país.
Lima - Chile, Colômbia e Peru não participam nesta quinta-feira da reunião extraordinária na Bolívia na qual líderes sul-americanos darão pessoalmente apoio ao presidente Evo Morales pelo ocorrido em uma viagem para a Europa, deixando à mostra as diferenças ideológicas na região.
A reunião foi convocada pela Secretaria-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para expressar sua indignação pela humilhação sofrida por Morales na terça-feira, quando França e Portugal negaram permissão do avião do presidente em seu espaço aéreo por suspeitas de que levava a bordo o ex-prestador de serviços da inteligência norte-americana Edward Snowden.
A presidência do bloco de 12 nações, exercida pelo Peru, não obteve o quórum previsto para um cúpula de Chefes de Estado e de Governo, o que não impediu que os líderes de esquerda do Equador, Venezuela, Argentina e Uruguai insistissem no encontro, que também teria a participação do Surniname.
Fontes dos governos do Peru, Colômbia e Chile - mais moderados - disseram à Reuters que seus respectivos presidentes não estariam presente na reunião nesta quinta-feira, tampouco seus chanceleres.
No entanto, estes governo também expressaram seu apoio e solidariedade a Morales em comunicados públicos e repudiaram as ações de França e Portugal.
"Não se trata de uma reunião oficial da Unasul, por isso nem Humala nem um chanceler irão viajar", disse uma fonte peruana.
Já a fonte do Ministério das Relações Exteriores do Chile ressaltou que nem o presidente Sebastián Piñera nem o chanceler iriam participar porque a data não foi convocada pelo presidente da Unasul, "porque não houve quórum" e tinham compromissos já agendados.
Na Colômbia, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores usou os mesmos argumentos para explicar a ausência do presidente Juan Manuel Santos e seu ministro das Relações Exteriores.
Da mesma forma, no Brasil nem a presidente Dilma Rousseff nem seu chanceler viajaram, mas ela enviou seu assessor especial para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.
"Nós expressamos a voz da presidente Dilma Rousseff, a nossa firme e forte condenação deste ato que foi considerado como uma provocação e eu acho que vai coordenar as nossas decisões, compartilhar aqui com os nossos países sul-americanos para este episódio nunca ser repetido", disse Garcia ao chegar a Cochabamba.
O tratamento dos países europeus com o primeiro presidente indígena da Bolívia irritou muitos de seus colegas da Unasul, que em comunicado expressou sua indignação com os acontecimentos qualificando os atos como "hostis e injustificáveis".
O governo de Morales culpou a Casa Branca pelo incidente, devido a pressões na Europa em torno do caso Snowden, acusado pelos Estados Unidos por divulgar a existência de um grande esquema de espionagem.
Snowden, 30 anos, está no limbo legal no aeroporto de Moscou à espera de respostas aos pedidos de asilo. Morales disse que seu governo estaria disposto a avaliar um pedido se o norte-americano fizesse ao seu país.