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Chevron inicia exploração de gás de xisto na Romênia

"A Chevron pode confirmar que as atividades de perfuração começaram em seu poço de exploração" no leste da Romênia, declarou porta-voz da empresa


	Chevron, na Romênia: "espera-se que o trabalho de perfuração avance até que o poço alcance a meta de profundidade de aproximadamente 4.000 metros", acrescentou

	
	
 (AFP/Arquivos)

Chevron, na Romênia: "espera-se que o trabalho de perfuração avance até que o poço alcance a meta de profundidade de aproximadamente 4.000 metros", acrescentou (AFP/Arquivos)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 18h04.

A gigante de energia dos Estados Unidos, Chevron, informou nesta terça-feira ter iniciado a perfuração de seu primeiro poço de exploração do gás de xisto na Romênia, apesar da oposição feroz dos moradores locais.

"A Chevron pode confirmar que as atividades de perfuração começaram em seu poço de exploração" perto da cidade de Silistea, no leste da Romênia, declarou um porta-voz da Chevron.

"Espera-se que o trabalho de perfuração avance até que o poço alcance a meta de profundidade de aproximadamente 4.000 metros", acrescentou.

A empresa espera prospectar gás de xisto por três a cinco anos.

As tentativas da Chevron para estabelecer seu primeiro poço de exploração na Romênia foram suspensas duas vezes no final de 2013, devido a protestos de pessoas contrárias à exploração do gás de xisto.

Muitos moradores dessa área rural da Romênia temem o uso do "fracking" (ou fissura hidráulica), uma controversa técnica de extração que consiste em injetar água e produtos químicos dentro da rocha para liberar o gás.

O local de exploração da Chevron agora é uma "área de segurança especial", vigiada pela polícia, onde os pedestres precisam apresentar documentos de identificação.

A Chevron diz que o gás de xisto pode se revelar crucial para a segurança energética da Europa, especialmente à medida que se aprofunda a crise na Ucrânia, um país estratégico para o trânsito do gás natural fornecido pela Rússia.

Grupos ambientalistas alertam, porém, para os danos potenciais de sua exploração.

Ao contrário de muitos países do leste e do oeste da Europa, a Romênia não depende fortemente das reservas russas, pois produz seu próprio gás. No ano passado, os romenos importaram dos russos apenas 10% de suas reservas, segundo o jornal econômico "Ziarul Financiar".

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