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Chega a 8 número de mortos por desabamento de prédios em NY

Quase 36 horas após o desastre, foi descoberto outro corpo sob os escombros


	Região onde edifícios desabaram após explosão por vazamento de gás em Nova York: ainda há um número indeterminado de pessoas desaparecidas
 (Emmanuel Dunand/AFP)

Região onde edifícios desabaram após explosão por vazamento de gás em Nova York: ainda há um número indeterminado de pessoas desaparecidas (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 07h04.

Nova York - O número de mortos deixados pela explosão e desabamento de dois edifícios em Nova York subiu para oito nesta quinta-feira, após a descoberta de outro corpo sob os escombros, quase 36 horas após o desastre.

O Departamento de Polícia de Nova York (DPNY) disse à AFP, nesta quinta à noite, que cinco mulheres e três homens morreram, e outras 68 pessoas ficaram feridas.

O boletim precedente da tragédia, ocorrida devido a um vazamento de gás no Spanish Harlem, um histórico bairro de Manhattan de maioria latina, era de "quatro mulheres e três homens mortos e 68 feridos", segundo o DPNY.

Ainda há um número indeterminado de pessoas desaparecidas, acrescentou a polícia. Na noite de quarta-feira, a prefeitura divulgou o balanço preliminar de três mortos e nove desaparecidos. Desde então, outros quatro corpos foram encontrados.

Nesta quinta, 100 bombeiros ainda estavam mobilizados no cruzamento da avenida Park e da rua 116, no East Harlem, assim como efetivos policiais e equipes de emergência.

Três das cinco vítimas fatais são mexicanas, informou a chancelaria do México.

Pelo menos 27 mexicanos foram "indiretamente afetados" pela tragédia e não conseguiram voltar para suas casas para passar a noite. Três deles viviam nos imóveis que desabaram e "saíram ilesos", disse o assessor de imprensa do consulado do México em Nova York, Carlos Gerardo Izzo.

A forte explosão provocou um tremor, como se houvesse ocorrido um terremoto, que lembrou a alguns os horrores dos atentados do 11 de Setembro, em 2001, contaram testemunhas à AFP.


Um dos edifícios tinha nove apartamentos, e o outro, seis, disse o prefeito em uma coletiva de imprensa perto do local.

Entre os feridos, havia pelo menos dois em estado crítico, segundo um balanço da AFP com base em informações coletadas em diferentes centros hospitalares.

Um porta-voz da polícia explicou à AFP que a primeira chamada de emergência foi recebida na quarta-feira às 9h34 locais (10h34 de Brasília).

Já a empresa de energia Con Edison disse ter recebido um alerta de possível vazamento de gás às 9h13 locais (10h13 de Brasília). Logo depois ocorreu a explosão, que não pôde ser evitada, segundo as autoridades.

"Grande ansiedade" 

O prefeito De Blasio destacou a grande ansiedade vivida neste momento, mas garantiu que todos os esforços foram mobilizados para encontrar os desaparecidos.

"Cada pessoa envolvida nos esforços de resgate está dando tudo de si. Os escombros ainda estão em chamas em vários lugares, e o fogo se reavivou um pouco pelo vento", declarou o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em uma entrevista coletiva dada ao meio-dia (horário local).

As operações podem continuar "por dias", acrescentou De Blasio, que descreveu o incidente como "uma tragédia da pior espécie". De Blasio assumiu o cargo em janeiro deste ano.


De Blasio informou que 89 apartamentos e três lojas foram evacuados em sete prédios próximos ao local da explosão. "Um montão de gente foi deslocada: 66 pessoas, incluindo 14 famílias com crianças, foram levadas para abrigos do Exército da Salvação", completou.

Jay Virgo, de 30, vive com a mulher em frente aos edifícios destruídos. Ele contou à AFP que estava na cama quando a explosão o lançou ao chão.

"Me levantei, coloquei o casaco e sai correndo. Na rua, vi duas pessoas deitadas no chão. Havia pedaços de vidro por toda parte, grandes pedaços de vidro. Era uma loucura", afirmou.

Sua esposa, Jazzmen Arzuaga, também de 30, indicou que estava no trabalho quando Virgo telefonou para contar o que havia acontecido.

"Me telefonou e disse 'Deus, você tem que vir para casa imediatamente, é como a Segunda Guerra Mundial. Há gente morrendo, houve uma explosão'. Eu saí correndo", afirmou Arzuaga.

Outra testemunha, Robert Santiago, declarou à rede CBS que também estava dormindo quando, subitamente, a explosão sacudiu sua cama.

"Cheirava muito mal", disse. "Pensei que o mundo estava acabando, que se tratava de um terremoto, ou de algo parecido. Terrível", completou.

Os serviços de trens entre Metro-North e o terminal Grand Central de Manhattan, suspensos pelo incidente, foram retomados várias horas depois.

A cidade de Nova York é muito sensível a esse tipo de explosão desde os atentados do 11 de Setembro contra as Torres Gêmeas do World Trade Center que deixaram quase três mil mortos.

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