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Chefe do Parlamento fala de 7 mortes em protestos na Venezuela

Apesar de autoridades e meios falarem de cinco mortes, o deputado disse que "sete pessoas morreram pela violência de um governo que nega a Constituição"

Julio Borges: o deputado reiterou sua denúncia de que na Venezuela "houve uma ruptura constitucional que só com eleições pode ser resolvida" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Julio Borges: o deputado reiterou sua denúncia de que na Venezuela "houve uma ruptura constitucional que só com eleições pode ser resolvida" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de abril de 2017 às 15h58.

Caracas - O presidente da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) da Venezuela, o opositor Julio Borges, afirmou nesta quinta-feira que os protestos antigovernamentais da última semana deixaram sete mortos, apesar de outras autoridades e meios locais falarem até o momento de cinco mortos.

"A esta hora que estou falando, a cifra que temos de pessoas mortas é sete. Sete pessoas morreram pela violência de um governo que nega a Constituição", afirmou aos jornalistas Borges durante uma concentração opositora no oeste de Caracas.

O deputado não ofereceu mais detalhes sobre os dois outros mortos e fez um chamado às Forças Armadas do país "em função do que significa dissolver os grupos paramilitares armados", que foram apontados por supostamente atacar protestos antichavismo na capital e no interior do país.

"Os grupos paramilitares, os coletivos armados são contra essência das Forças Armadas", sustentou, pedindo que os militares "dissolvam" estas organizações.

Borges reiterou sua denúncia de que na Venezuela "houve uma ruptura constitucional que só com eleições pode ser resolvida" e pediu aos cidadãos que continuem protestando para exigir respeito ao Parlamento, declarado em desacato pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ).

Os protestos antigovernamentais deixaram pelo menos cinco mortos, depois que hoje a oposição venezuelana e meios locais confirmaram a morte de um jovem que tinha ficado ferido na terça-feira durante uma manifestação no estado Lara (oeste), este último confirmado pela Promotoria.

O Ministério Público (MP) confirmou a morte de quatro dessas vítimas e assegurou que todas participavam de protestos quando perderam a vida, embora, segundo o Governo, um dos mortos não estava se manifestando quando foi atingido por disparo da polícia que não realizava trabalhos antidistúrbios.

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