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Chefe do Governo de Japão muda 10 ministros em remodelação

Yoshihiko Noda fez uma ampla renovação do gabinete para fortalecer seu debilitado apoio

O premiê japonês, Yoshihiko Noda (Toru Hanai/Reuters)

O premiê japonês, Yoshihiko Noda (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 07h35.

Tóquio - O chefe do governo do Japão, Yoshihiko Noda, nomeou nesta segunda-feira dez novos ministros, entre eles os de Finanças, Justiça e Interior, em uma ampla renovação do gabinete para fortalecer seu debilitado apoio com vistas às eleições gerais.

A pasta de Finanças, que era ocupada por Jun Azumi, foi assumida por Koriki Jojima, de 65 anos e até agora subsecretário-geral do governante Partido Democrático, quando falta uma semana para que Tóquio acolha a assembleia anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

O chefe do Governo japonês também fez mudanças nas pastas de Educação, Trabalho, Meio ambiente, Segurança Nacional, Reforma Postal, Economia e Estratégia Nacional, na qual é a terceira renovação de seu Gabinete desde que assumiu o poder, em setembro de 2011.

Noda anunciou que a pasta do Interior será ocupada por Shinji Tarutoko, de 53 anos, formado em Economia e até agora encarregado de Assuntos Parlamentares, enquanto a de Justiça ficará a cargo de Keishu Tanaka, de 74 anos e vice-presidente do governante PD.

Outra das nomeações relevantes é para a pasta de Educação que foi para Makiko Tanaka, ex-ministra das Relações Exteriores e filha do ex-primeiro-ministro Kakuei Tanaka, responsável de normalizar as relações diplomáticas com a China em 1972.

Segundo os analistas, com a designação de Tanaka, Noda espera aproveitar seus importantes contatos com a China para melhorar as relações com Pequim, deterioradas pelo conflito territorial que as duas potências mantêm pela soberania do pequeno arquipélago das ilhas Senkaku/Diaoyu.

Em entrevista coletiva para anunciar as mudanças, Noda ressaltou que o objetivo desta remodelação é 'responder aos problemas que o país enfrenta tanto em nível nacional como no exterior'.

A decisão de modificar parte do Gabinete aconteceu depois que a popularidade de Noda caiu abaixo de 30% em várias pesquisas, um índice considerado perigoso para garantir a continuidade do Governo.

Por trás desta queda de popularidade se encontra uma polêmica reforma tributária, que inclui uma alta do IVA de 5% para 10% até 2015, que foi duramente criticada pela oposição e inclusive por parte de seu partido.

Embora as eleições gerais estejam previstas em princípio para o verão (hemisfério norte) de 2013, o primeiro-ministro japonês se comprometeu com a oposição para adiantá-las para algum momento 'em breve', embora sem precisar uma data. EFE

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