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Chefe de governo: independência é o próximo passo lógico

Para dirigente independentista, que governa a região autônoma da Escócia, a secessão do resto do Reino Unido traria 'mais prosperidade e justiça social'

Bandeira da Escócia: 'é hora de a Escócia acelerar a marcha', afirmou o político escocês (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2012 às 14h00.

Londres - O chefe do governo escocês e líder do partido SNP, Alex Salmond, avivou neste sábado a campanha a favor da independência da Escócia ao apresentá-la como o próximo passo lógico no caminho dessa nação histórica.

Em discurso perante o congresso anual de seu partido, que se prolongará até este domingo em Perth, o dirigente independentista, que governa a região autônoma da Escócia com maioria absoluta, assegurou que a secessão do resto do Reino Unido traria 'mais prosperidade e justiça social'.

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Após a devolução do governo autônomo conseguida em 1998, sob o mandato do primeiro-ministro trabalhista Tony Blair, agora, disse, chegou a hora de aspirar à independência.

'É hora de a Escócia acelerar a marcha', afirmou o político escocês, entre sonoros aplausos de seus correligionários.

De acordo com Salmond, que antes de sua carreira política foi um destacado economista no banco Royal Bank of Scotland, a Escócia deve aproveitar a oportunidade outorgada pelo referendo para 'escolher um futuro diferente e melhor'.

Um 'não' nessa consulta, que será realizada em 2014, 'não proporcionaria nada' aos escoceses, enquanto um 'sim' criaria 'a plataforma que a Escócia necessita', afirmou.

O líder do SNP assinou na segunda-feira com o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, um pacto que assenta as bases desse referendo, no qual poderão votar os maiores de 16 anos.

A julgar pelas últimas enquetes publicadas na imprensa, o SNP tem uma árdua tarefa pela frente para convencer os escoceses das vantagens da independência, dado que a maioria se opõe a ela.

Salmond se esforçou hoje para apresentar a independência como uma via rumo à prosperidade, não só porque o governo escocês poderia tramitar os recursos, mas porque poderia distribuí-los melhor 'para construir uma sociedade mais justa'.


Para ilustrar o que poderia conseguir, lembrou que só com as competências do governo autônomo a região escocesa, ao contrário da Inglaterra, pôde preservar a educação universitária gratuita e os remédios sem custo na seguridade social.

Salmond, um político de centro-esquerda pragmático e com carisma, atacou o governo de Londres, o qual acusou de estar formado por 'lordes incompetentes', em alusão aos milionários que nutrem o Executivo de Cameron, que querem afogar o país com suas medidas de austeridade. EFE

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