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Chavistas se reúnem para comemorar tentativa de golpe de 92

Porta-vozes do governo e do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) convocaram os chavistas a participar de passeatas

Apoiadores de Chávez em manifestação: o presidente, de 58 anos, está desde o início de dezembro em Cuba, onde foi submetido a uma nova operação de um câncer. ( REUTERS/Desmond Boylan)

Apoiadores de Chávez em manifestação: o presidente, de 58 anos, está desde o início de dezembro em Cuba, onde foi submetido a uma nova operação de um câncer. ( REUTERS/Desmond Boylan)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 15h20.

Caracas - Milhares de defensores do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reuniram-se nesta segunda-feira em diversas ruas de Caracas para marchar em direção ao centro da cidade para comemora a tentativa de golpe militar que o líder comandou em 4 de fevereiro de 1992, quando era tenente-coronel das Forças Armadas.

Porta-vozes do governo e do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) convocaram os chavistas a participar de passeatas que tem como destino uma praça próxima ao palácio presidencial.

O presidente, de 58 anos, está desde o início de dezembro em Cuba, onde foi submetido a uma nova operação de um câncer.

Além das marchas, foram organizados outros atos para comemorar as tentativas golpistas, incluído um "tuitaço", como foi chamado uma convocação para encher o Twitter de mensagens em favor a Chávez.

Duas horas antes do início da iniciativa, prevista para as 10h30 local (13h30 de Brasília), a campanha #ChávezPorAhorayParaSiempre já ocupava o primeiro lugar dos itens mais comentados no Twitter na Venezuela.

A tentativa de golpe militar de 4 de fevereiro de 1992 contra o presidente Carlos Andrés Pérez popularizou a figura do então tenente-coronel Chávez, que perante as câmaras de televisão anunciou sua rendição, embora tenha frisado que esta era apenas momentânea.


"Há 14 anos o "Por enquanto" é um Para sempre!", publicou no Twitter a conta do Ministério de Comunicação @Mincioficial.

Após dois anos na prisão, Chávez deixou as Forças Armadas e iniciou uma campanha política que o levou a vencer as eleições para a presidência da Venezuela em 1998, e desde esta data o líder considera a tentativa golpista como o germe da revolução bolivariana, maneira pela qual chama sua gestão.

Chávez, que assumiu a presidência em 1999 e em outubro do ano passado foi eleito para mais um mandato, festejou a data no ano passado com um desfile cívico militar realizado em Caracas e acompanhado pelos governantes de sete países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).

O balanço final de mortos na tentativa de golpe nunca foi revelado, embora números oficiais da época falem de cerca de 50 vítimas fatais. 

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