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Chavez volta a ameaçar desapropriar bancos

Presidente venezuelano ameação estatizar o BBVA, segundo maior do país, criando temores no setor

Hugo Chávez disse ao presidente do BBVA que pode desapropiar o banco (Paulo Vitale/VEJA)
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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 15h31.

Madri - A ameaça do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de expropriar a filial do BBVA em seu país voltou semear o temor a uma entidade bancária pertencente a um grupo espanhol, circunstância que o Santander também teve de lidar.

Apesar de há dois meses a Associação Bancária da Venezuela tivesse descartado a nacionalização do setor pelo Governo de Chávez, o debate ressurgiu com a nova lei de bancos do país e a possibilidade de outorgar caráter de utilidade pública ao serviço bancário e que abra caminho para sua nacionalização.

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Fontes do mercado assinalaram nesta quinta-feira à Agência Efe que o BBVA Banco Provincial, no qual o grupo espanhol tem 50%, é a segunda entidade da Venezuela, onde está presente há dez anos.

As mesmas fontes ressaltaram que o banco contribuiu para o desenvolvimento da Venezuela, já que tem presença em todos os setores do país.

Na quarta-feira, o presidente venezuelano ameaçou Pedro Rodríguez, principal responsável da filial do BBVA, com a desapropriação da entidade se ele não acatasse as leis do país, em uma tensa conversa por telefone transmitida ao vivo pela televisão estatal.

Cogitou a possível nacionalização em um ato com "vítimas de fraudes imobiliárias" depois que uma mulher acusasse à entidade de negar crédito para financiar um imóvel em Caracas.

O presidente deu prazo ao diretor do BBVA a reunir-se com esse coletivo e com representantes do Governo, a tempo de advertir que, se não fizer, compraria o banco.

O presidente do Banco Provincial aceitou participar de uma reunião para definir os contornos para uma regra nos próximos dias com esse coletivo.

"Isto é muito sério. Ou o senhor cumpre as leis ou me entrega o banco, diga-me quanto vale o banco, não vou discutir com o senhor", disse o presidente a Rodríguez, quem respondeu que o banco não estava à venda, resposta que Chávez considerou uma "soberba".

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