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Chávez presenteou países com quase US$ 170 bi, diz oposição

Capriles considerou que ''doar'' os ''recursos do petróleo'' é ''inaceitável'' por conta de ''todos os problemas'' que existem na Venezuela


	Segundo Capriles, Chávez entrega ''cerca de US$ 7 bilhões (R$ 14,2 bilhões) a outros países todos os anos''
 (Juan Barreto/AFP)

Segundo Capriles, Chávez entrega ''cerca de US$ 7 bilhões (R$ 14,2 bilhões) a outros países todos os anos'' (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 21h27.

Caracas - O candidato da oposição à presidência da Venezuela, Henrique Capriles acusou o governo de Hugo Chávez de ter ''dado'' quase US$ 170 bilhões (R$ 346,2 bilhões) a outros países sem pensar nos problemas da Venezuela.

''Estamos falando de cerca de 730 bilhões de bolívares (R$ 345,7 bilhões) em presentes a outros países'', especificou o opositor em ato realizado para apresentar suas propostas de infraestrutura e habitação.

Capriles, advogado e ex-governador de 40 anos, considerou que ''doar'' os ''recursos do petróleo'' é ''inaceitável'' por conta de ''todos os problemas'' que existem na Venezuela, e assegurou que se ganhar as eleições de 7 de outubro não dará ''nem uma gota'' de presente.

''Neste país, em um futuro próximo, não será dada nem uma gota de petróleo, pois há muitos problemas para resolver'', disse o líder opositor, que prometeu, se vencer as eleições, realizar 22 mil obras de infraestrutura em seus primeiros 100 dias de gestão.

Segundo Capriles, Chávez, de 58 anos, que está no poder desde 1999 e é candidato à terceira reeleição consecutiva, entrega ''cerca de US$ 7 bilhões (R$ 14,2 bilhões) a outros países todos os anos''.

''Com esses US$ 7 bilhões que dá de presente a outros países, poderiam ser feitas 440 mil casas ou 2.100 escolas, assim como 500 hospitais'', disse Capriles.

O candidato da oposição mencionou que ''o governo Chávez deu ao Uruguai US$ 20 milhões (R$ 40,7 milhões) para construção de um hospital, além de ter ajudado a Bolívia na aquisição de ambulâncias, assim como na formação de equipes para pessoas incapacitadas no Equador, e auxiliou a construção de usinas elétricas na Nicarágua com o envio de US$ 233 milhões (R$ 454,1 milhões)''.

Capriles aproveitou para criticar a estagnação da produção petrolífera, que segundo o governo deveria alcançar a produção de cinco milhões de barris de petróleo diários. ''Estamos produzindo menos que nos anos 70'', acrescentou.

O ministro do Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez, disse em agosto que a Venezuela produz cerca de três milhões de barris diários, dos quais exporta 2,5 milhões, principalmente para os Estados Unidos e a China.

Além disso, Capriles afirmou que ''quatro milhões de venezuelanos não recebem água regularmente'', que aproximadamente 700 mil jovens não têm acesso ao sistema escolar e que 70% das estradas e 90% das pontes do país estão em mal estado de conservação.

Por fim, o candidato prometeu que se chegar ao poder nas eleições de 7 de outubro impulsionará mais de ''22 mil obras sociais que serão executadas nos primeiros 100 dias de governo''. 

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