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Chávez diz esperar criar boa relação com Igreja Católica

"A Igreja pode realizar muito junto ao governo na luta contra a pobreza, a miséria, a criminalidade e muitos dos males que ainda temos"

Hugo Chavez: em julho de 2010 Chávez chamou os sacerdotes de "homens das cavernas" (©AFP/Arquivo / Ho)

Hugo Chavez: em julho de 2010 Chávez chamou os sacerdotes de "homens das cavernas" (©AFP/Arquivo / Ho)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 17h20.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quarta-feira que espera que seu governo estabeleça uma boa relação "com a hierarquia católica" para que possam "trabalhar juntos" na luta contra a pobreza, a miséria e a criminalidade.

"Espero que consigamos estabelecer uma boa relação com a hierarquia católica e trabalhar juntos pelo país", disse o líder no Palácio presidencial de Miraflores após se reunir com a ministra do Desenvolvimento Social da Argentina, Alicia Kirchner, ato transmitido pelo canal público "Venezolana de Televisión" ("VTV").

As relações do governo de Chávez com a Igreja Católica foram difíceis desde sua chegada ao poder em 1999, mas atingiram o ponto máximo de tensão em 2010, quando houve uma ruptura.

"A Igreja pode realizar muito junto ao governo na luta contra a pobreza, a miséria, a criminalidade e muitos dos males que ainda temos", reiterou Chávez, que buscará sua terceira reeleição consecutiva nas eleições de 7 de outubro.

O presidente fez o pronunciamento na reunião que seu vice-presidente, Elías Jaua, realizou ontem com autoridades da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV).

Em julho de 2010 Chávez chamou os sacerdotes de "homens das cavernas" depois que a CEV apoiou o cardeal Jorge Urosa, que acusou o presidente de violar a Constituição e planejar instaurar uma "ditadura comunista".

Chávez anunciou então que iria dedicar sua vida a criticar Urosa e decretou que fosse revisto um convênio de 1964 pelo qual o Estado venezuelano concede privilégios à Igreja Católica e compromete recursos estatais para financiar obras sociais e projetos educativos católicos.

O assunto não foi adiante e, em 27 de abril, o governo doou quase US$ 294 milhões a uma rede de colégios católicos. 

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