Charlottesville se prepara para lembrar 1º ano de manifestações
Os protestos em Charlottesville de 2017 se transformaram em símbolo da tensão racial
EFE
Publicado em 11 de agosto de 2018 às 17h35.
Última atualização em 11 de agosto de 2018 às 17h43.
Charlottesville (EUA), 11 ago (EFE).- A cidade de Charlottesville, na Virgínia, nos Estados Unidos, se prepara para lembrar o primeiro ano das manifestações supremacistas, que terminaram com a morte de uma mulher e de dois policias.
As autoridades informaram nas últimas horas que intensificaram as medidas de segurança no centro da cidade e modificaram as vias de acesso tanto para carros quanto para pedestres. A Polícia de Charlottesville, a Polícia Estadual da Virgínia e a do condado de Albemarle são algumas que patrulham ativamente a região este fim de semana, conforme comunicado da Prefeitura.
"A tarefa das forças de segurança será abordar pessoas com comportamentos ilegais de uma maneira imparcial, responsável, razoável e justa", indica o tetxo.
Para garantir que estes corpos possam responder "rapidamente" a qualquer fato, o governador de Virgínia, Ralph Northam, declarou na quinta-feira o estado de emergência para o estado e para Charlottesville.
Ele decidiu adotar a medida para ter acesso a todos os recursos necessários para possíveis distúrbios nos protestos convocados para acontecer entre ontem e amanhã em Charlottesville e em Washington D.C., onde estão marcadas passeatas neonazistas.
Acredita-se que centenas de estudantes da Universidade da Virgínia irão hoje simbolicamente ao campus para homenagear o ex-presidente dos Estados Unidos Thomas Jefferson, que ano passado teve a sua estátua escolhida como ponto de encerramento da manifestação da extrema-direita.
Os protestos em Charlottesville de 2017, que se transformaram em símbolo da tensão racial, aconteceram em 12 de agosto, quando supremacistas brancos marcharam pela cidade contra a retirada de uma estátua de Robert E. Lee, general escravista da Confederação durante a guerra civil dos Estados Unidos.
Depois de exibir durante horas símbolos fascistas, um manifestante jogou seu carro contra a multidão que participava em uma marcha de combate ao racismo, ato que tirou a vida de Heather Heyer e feriu outras 19 pessoas. Depois, dois policias que tentavam conter os protestos morreram em um acidente de helicóptero.