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Chanceler quer que UE deixe portas abertas para Reino Unido

A Grã-Bretanha continua sendo um membro da UE até que as negociações de saída terminem, lembrou a Alta Representante

Boris Johnson: a Grã-Bretanha continua sendo um membro da UE até que as negociações de saída terminem, lembrou a Alta Representante (Andrew Matthews / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 15h58.

O novo ministro britânico das Relações Exteriores , Boris Johnson, pediu nesta segunda-feira que a União Europeia mantenha as "portas abertas" à cooperação em matéria de segurança e defesa com o Reino Unido .

"Estamos muito interessados no desenvolvimento e progresso da UE. O que queremos é nos assegurar de que as portas serão mantidas abertas para que o Reino Unido participe no futuro" do bloco, pediu Jonhson em seu primeiro encontro com seus colegas europeus em Bruxelas.

Mais cedo, um dos maiores defensores do Brexit destacou que seu país continuará tendo um papel protagonista na Europa.

Depois de indignar os sócios comunitários ao comparar a ambição de integração da UE com a de Adolf Hitler, Johnson exibiu na capital da União Europeia uma atitude conciliadora e construtiva, afastado de seu habitual papel incendiário.

"Temos que aplicar a vontade do povo e deixar a União Europeia, mas de forma alguma vamos abandonar nosso papel protagonista na participação europeia", disse Johnson aos jornalistas.

Johnson explicou ter tido no domingo uma conversa muito boa sobre o Brexit com a representante diplomática da UE, Federica Mogherini, e disse que quer conhecer seus colegas.

O político conservador teve um papel chave na vitória do "sim" no referendo sobre o Brexit de 23 de junho, e sua nomeação como titular das Relações Exteriores no novo governo liderado por Theresa May surpreendeu muitos na Europa.

Mogherini, que chegou a Bruxelas pouco depois de Johnson, concordou com ele que havia sido uma boa conversa.

A Grã-Bretanha continua sendo um membro da UE até que as negociações de saída terminem, lembrou a Alta Representante.

Por sua vez, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, afirmou que teve uma conversa "interessante e útil" por telefone com Jonhson e ressaltou a necessidade de que Londres ative o quanto antes o artigo 50 que inicia o processo de saída da UE para acabar com a incerteza.

"Há muitas coisas nas quais trabalhar com o Reino Unido. Sempre falarei com Boris Johnson com a maior sinceridade e a maior franqueza, acredito que assim avançaremos", disse à imprensa.

May afirma que o fará no fim do ano ou no início de 2017, mas não antes que Londres tenha averiguado qual tipo de relação quer com a Europa dos 27.

A reunião dos ministros das Relações Exteriores foi ofuscada pela tentativa de golpe de Estado na Turquia e pelo atentado em Nice, o terceiro grande ataque na França desde 2015.

A chegada de Johnson era esperada com certa agitação, diante de seu papel no Brexit e sua reputação de provocador.

O ex-prefeito de Londres e companheiro de escola de David Cameron é bem conhecido em Bruxelas, onde trabalhou nos anos 1990 como correspondente do jornal Daily Telegraph para a UE.

Os responsáveis de Bruxelas ressaltaram que o receberão como a qualquer outro ministro das Relações Exteriores, mas é evidente que sua atitude a favor do Brexit desperta reticências e apreensão entre seus colegas comunitários.

Johnson deveria ter se reunido com o resto dos ministros no domingo em um jantar informal, mas vários países se negaram, afirmando que contaria como parte das conversas informais com Londres antes da ativação do artigo 50.

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O novo ministro britânico das Relações Exteriores , Boris Johnson, pediu nesta segunda-feira que a União Europeia mantenha as "portas abertas" à cooperação em matéria de segurança e defesa com o Reino Unido .

"Estamos muito interessados no desenvolvimento e progresso da UE. O que queremos é nos assegurar de que as portas serão mantidas abertas para que o Reino Unido participe no futuro" do bloco, pediu Jonhson em seu primeiro encontro com seus colegas europeus em Bruxelas.

Mais cedo, um dos maiores defensores do Brexit destacou que seu país continuará tendo um papel protagonista na Europa.

Depois de indignar os sócios comunitários ao comparar a ambição de integração da UE com a de Adolf Hitler, Johnson exibiu na capital da União Europeia uma atitude conciliadora e construtiva, afastado de seu habitual papel incendiário.

"Temos que aplicar a vontade do povo e deixar a União Europeia, mas de forma alguma vamos abandonar nosso papel protagonista na participação europeia", disse Johnson aos jornalistas.

Johnson explicou ter tido no domingo uma conversa muito boa sobre o Brexit com a representante diplomática da UE, Federica Mogherini, e disse que quer conhecer seus colegas.

O político conservador teve um papel chave na vitória do "sim" no referendo sobre o Brexit de 23 de junho, e sua nomeação como titular das Relações Exteriores no novo governo liderado por Theresa May surpreendeu muitos na Europa.

Mogherini, que chegou a Bruxelas pouco depois de Johnson, concordou com ele que havia sido uma boa conversa.

A Grã-Bretanha continua sendo um membro da UE até que as negociações de saída terminem, lembrou a Alta Representante.

Por sua vez, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, afirmou que teve uma conversa "interessante e útil" por telefone com Jonhson e ressaltou a necessidade de que Londres ative o quanto antes o artigo 50 que inicia o processo de saída da UE para acabar com a incerteza.

"Há muitas coisas nas quais trabalhar com o Reino Unido. Sempre falarei com Boris Johnson com a maior sinceridade e a maior franqueza, acredito que assim avançaremos", disse à imprensa.

May afirma que o fará no fim do ano ou no início de 2017, mas não antes que Londres tenha averiguado qual tipo de relação quer com a Europa dos 27.

A reunião dos ministros das Relações Exteriores foi ofuscada pela tentativa de golpe de Estado na Turquia e pelo atentado em Nice, o terceiro grande ataque na França desde 2015.

A chegada de Johnson era esperada com certa agitação, diante de seu papel no Brexit e sua reputação de provocador.

O ex-prefeito de Londres e companheiro de escola de David Cameron é bem conhecido em Bruxelas, onde trabalhou nos anos 1990 como correspondente do jornal Daily Telegraph para a UE.

Os responsáveis de Bruxelas ressaltaram que o receberão como a qualquer outro ministro das Relações Exteriores, mas é evidente que sua atitude a favor do Brexit desperta reticências e apreensão entre seus colegas comunitários.

Johnson deveria ter se reunido com o resto dos ministros no domingo em um jantar informal, mas vários países se negaram, afirmando que contaria como parte das conversas informais com Londres antes da ativação do artigo 50.

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